Braga foi o ponto de partida a 15 de Setembro, após um ano de permanência na cidade dos arcebispos. A cerimónia que foi animada por cerca de uma centena de crianças, idosos e dirigentes de IPSS, contou com a presença do Governador Civil de Braga, da Directora do Centro Distrital de Segurança Social de Braga, do presidente da UDIPSS-Braga e de vários membros da Direcção da CNIS (Eduardo Mourinha, Eleutério Alves, João Carlos Dias, José Quirino e Lino Maia), e UDIPSS de Braga e de outras entidades.
O presidente da UDIPSS-Braga, Manuel Lomba, fez uma pequena comunicação para lembrar que “a solidariedade é amor, é discreta e é trabalho, mas uma vez por ano deve lembrar-se às pessoas que a solidariedade existe e que trabalha”.
De mão em mão, a chama da solidariedade percorreu o trajecto que separava Braga da cidade de Viseu, anfitriã da edição deste ano da Festa da Solidariedade. Passou por Chaves, Vila Real e Lamego e chegou a Viseu ao fim da tarde do dia 18 de Setembro, onde a aguardavam algumas centenas de pessoas, muitos utentes, dirigentes e colaboradores de IPSS, mas também muitos curiosos.
A organização da viagem esteve a cargo das Uniões Distritais de Braga, Vila Real e Viseu que trabalharam nos programas detalhados dentro dos seus “territórios”. O caminho foi supervisionado por elementos dos bombeiros, da PSP e GNR que garantiram a segurança e tranquilidades necessárias. João Carlos Dias, coordenador da iniciativa Chama da Solidariedade da parte da CNIS, destaca o momento da chegada à cidade de Tarouca, com uma mobilização que se destacou do resto do percurso. “Tarouca conseguiu mobilizar-se de uma forma muito diferente do resto do percurso, conseguiu juntar esforços e surpreendeu-nos com a criação de um grande monumento, que está numa rotunda e que faz homenagem à Chama. Instituiu o dia 19 de Setembro como o Dia da Solidariedade em Tarouca, o que foi para nós uma autêntica surpresa”, explicou João Carlos Dias.
Na chegada a Viseu, a Chama foi recebida pelo presidente da CNIS, Pe. Lino Maia, que agradeceu a mobilização das pessoas e lembrou que segundo a Carta Social, 71,6 por cento das respostas sociais do país são dadas por instituições de solidariedade social. “A única recompensa dos dirigentes é o sorriso que vêem brotar dos rostos das crianças, dos idosos e de todos os utentes”, disse. O líder da confederação lembrou também que em tempos de crise, as instituições não “fecharam portas” e apesar de receberam menos dos utentes “redobraram os seus esforços de ajuda à comunidade”.
José Vieira, presidente da UDIPSS de Viseu, realçou a “vivacidade, dinamismo e qualidade das instituições particulares de solidariedade social”. O dirigente não quis deixar de salientar a redobrada importância do papel das instituições em tempos de crise no sentido de “ir ao encontro de quem mais precisa de nós”.
Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu congratulou a confederação pela escolha de uma cidade no “coração” do país e salientou o trabalho de parceria que a autarquia desenvolve com as instituições de solidariedade. “ É o trabalho que as IPSS desenvolvem, por vezes incompreendido, que faz deste país um país muito mais simétrico. A Chama é um estímulo poderoso para sermos cada vez mais uma cidade solidária”, referiu o autarca.
D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu salientou a importância desta iniciativa e de organizações como a CNIS que “ajudam a parar para repensar a vivência de uma força anímica que não tem ideologia nem cor, como é a solidariedade”.
Texto e fotos: Milene Câmara
Data de introdução: 2009-10-09