O presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre e Castelo Branco garantiu ontem que a instituição está "preparada" para ajudar os operários da Delphi de Ponte Sor, que no final do ano vão enfrentar o desemprego.
A instituição tem mesmo um fundo de emergência, proveniente de donativos de fiéis, para acudir a estes casos.
"Já efectuámos no terreno vários contactos (sindicatos, comissão de trabalhadores, paróquia e associações) e estamos preparados para dar algum tipo de resposta junto daqueles que perderam o seu trabalho", avançou Elicidio Bilé, em declarações à agência Lusa, a propósito do despedimento colectivo na Delphi, que atinge 430 trabalhadores.
Numa análise à situação do desemprego na região de Portalegre, o responsável concluiu que "não são só" os despedimentos na Delphi, em Ponte Sor, que preocupam a instituição.
"Os trabalhadores da corticeira Subercentro, também em Ponte Sor, ainda não receberam as respectivas indemnizações. É preocupante este caso", sublinhou.
"Estamos preparados para poder dar algum tipo de respostas que não passa só pelo apoio material, mas também por podermos estar com as pessoas. A situação é realmente muito preocupante", acrescentou.
De acordo com Elicidio Bilé, a Cáritas criou recentemente, em parceria com a Diocese de Portalegre e Castelo Branco, um fundo monetário para "acudir" em situações de emergência.
O responsável explicou como vão aplicar no terreno a verba angariada.
"O problema da falta de dinheiro não se põe de imediato, porque agora vão receber as indemnizações, mas podem existir problemas residuais de alguns trabalhadores que estavam há pouco tempo e estão com indemnizações baixas", observou.
Fonte: Jornal de Notícias
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