Presidente da Confederação Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade (CNIS) quer o próximo Governo a cumprir o pacto de cooperação, assinado em 2021 com o executivo de António Costa.
Em entrevista à Renascença, o padre Lino Maia promete lembrar ao executivo da Aliança Democrática que é necessário caminhar para “uma comparticipação pública de 50 por cento”.
"O Pacto prevê que o Estado avance para um apoio mais substantivo às instituições, ou seja, os 50% na comparticipação pública. Isto estava previsto que acontecesse até 2026, com o Governo anterior, e eu espero que se cumpra”, avança o presidente da CNIS.
O sacerdote entende que “a mudança de Governo provoca sempre alguma turbulência”, mas defende que “temos que avançar porque sem o apoio a estas instituições há muito mais gente a ficar para trás”. “E isso faz-me sofrer”, acrescenta.
O responsável insiste que não vai deixar que se esqueça a necessidade de o Estado passar a ter uma comparticipação pública de 50%. “Bati-me para que isso ficasse contemplado no Pacto de Cooperação assinado em dezembro de 2021 e é, claramente, a minha primeira exigência junto deste novo governo”, assegura.
O padre Lino Maia revela que “houve, antes da formação dos programas partidários, alguns contactos” que o levam a acreditar que “este governo que vai tomar posse tenha já isso em agenda”, contudo, adverte que manterá “essa preocupação com muita força”.
O presidente da CNIS lembra nestas declarações à Renascença que “o sector social presta serviços inestimáveis e é um eixo fundamental do Estado Social que apoia milhares de pessoas”.
Nas contas do líder da CNIS “são mais de 700 mil utentes e cerca de 200 mil trabalhadores apoiados”.
Ao novo Governo, o padre Lino Maia garante "toda a lealdade e espírito de colaboração da parte do Sector Social Solidário" e diz que seria importante que o novo executivo “durasse quatro anos”.
O presidente da CNIS acredita que o sucesso do novo executivo “vai depender muito destes primeiros seis meses, é importante que entre com força com entusiasmo”.
“Eu gostaria muito que fosse um governo de legislatura, de quatro anos, e que houvesse áreas em que se notasse progressos, nomeadamente na área em que estou mais dedicado”, acrescenta.
“É importante que as instituições de solidariedade sejam respeitas e apoiadas”, conclui.
Não há inqueritos válidos.