A criminalidade em Portugal diminuiu um por cento no ano passado comparativamente a 2003, apesar do aumento dos crimes graves e violentos, aponta o Relatório Anual de Segurança Interna de 2004 citado quinta-feira pela Rádio Renascença.
Apesar do acréscimo de crimes graves e violentos, as forças policiais registaram uma diminuição de 30 por cento no número de homicídios.
O crime mais praticado em Portugal no ano passado foi o furto de veículos. De acordo com o documento, a diminuição no número total de crimes representa o melhor resultado nos últimos sete anos, sendo que as forças policiais e os serviços de segurança registaram 405 mil crimes no ano passado, cerca de menos quatro mil do que em 2003.
A PSP registou uma diminuição no número de crimes de quase quatro por cento, enquanto a GNR contabilizou uma subida de um por cento e a Polícia Judiciária, com cerca de 15 mil crimes, apresenta um aumento de cerca de 20 por cento.
Os números registados pela PSP e GNR representam 96 por cento da criminalidade nacional. Quanto ao tipo de crimes, aqueles que são considerados violentos e graves aumentaram 3,4 por cento, sendo que oito em cada dez (80 por cento) são roubos na via pública, com ameaça de armas ou por esticão.
Entre os crimes violentos e graves, mais 770 crimes do que no ano anterior (um aumento de 3,4 por cento), regista-se um aumento no número de assaltos a tesourarias e estações dos CTT (40 por cento), assaltos em transportes públicos (mais 30 por cento) e assaltos em postos de abastecimento de combustíveis (uma variação de 20 por cento).
A criminalidade cometida por grupos aumentou 5,7 por cento e, pelo contrário, os assaltos a bancos diminuíram 40 por cento, os homicídios registaram um decréscimo de 30 por cento, a criminalidade juvenil caiu seis por cento e os raptos, sequestros e tomadas de reféns oito por cento.
Data de introdução: 2005-03-18