A União das Mutualidades Portuguesas (UMP) está a preparar, em conjunto com os complementos de reforma e do subsídio de desemprego, o lançamento de um seguro de saúde. Este seguro vai ser gerido pela União da Mutualidades Francesa, que, segundo Edmundo Martinho, possui uma longa tradição neste tipo de produtos. Caberá à homóloga francesa, disponibilizar o seu "know-how", a gestão e o resseguro, imprescindível na área seguradora. "Na prática, somos uma espécie de promotores do seguro", disse o presidente da UMP.
Este seguro vai ter um conjunto de vantagens "só possíveis por se tratar de uma solução mutualista", frisa Edmundo Martinho. Não tem quase nenhuma das barreiras habituais à entrada nos seguros de vida comercializados em Portugal, como sejam a idade, doenças pré-existentes e tem custos mais baixos, assegura.
A UMP preparou três tipos de seguros diferentes. Um universal (que é o mais comum), outro só para hospitalização (excluindo o ambulatório) e ainda uma cobertura complementará ADSE. Este último produto possibilitara ao funcionário público receber 80% do montante não coberto pelo sistema público, até um tecto determinado.
Para a UMR este seguro vai funcionar como "uma porta de entrada no sector da saúde" que, juntamente com a Segurança Social. Estes são os "dois eixos estratégicos fundamentais" para a dinamização da actividade das mutualidades que, com o desenvolvimento e maior abrangência da Segurança Social, foram perdendo terreno de acção.
Fonte: Jornal de Negócios
Data de introdução: 2005-03-30