O cardeal-patriarca de Lisboa rejeitou transformar o Santuário de Fátima num templo inter-religioso, reafirmando a pureza da mensagem de Nossa Senhora de Fátima, em directa obediência com a hierarquia católica. "Não há aqui, nem nunca haverá, “templos inter-religiosos ou inter-confessionais", disse D.José Policarpo em Fátima, reagindo às críticas feitas por sectores mais conservadores contra a abertura do Santuário ao diálogo com outras religiões.
Na eucaristia principal da Peregrinação Aniversária de Maio, D.José Policarpo considerou que existe uma "campanha internacional" que lança "a confusão sobre a pureza de intenções do que se passa no Santuário" de Fátima.
"A única resposta que lhe podemos dar é a autenticidade e a verdade sincera do que aqui fazemos, na obediência à Igreja e na fidelidade à mensagem de Nossa Senhora", garantiu o cardeal-patriarca de Lisboa, considerando, ao invés, que a "internacionalidade" de Fátima pode ser um instrumento dos católicos para expandir a sua fé.
Todo o trabalho pastoral do Santuário cumpre as indicações do Papa, "sejam elas de aprofundamento da autenticidade da vida cristã, de diálogo ecuménico ou inter-religioso ou de construção da harmonia e da paz", acolhendo "todos os que vêm com um coração recto, peregrinos da verdade e do amor".
O discurso foi pontuado em diversas ocasiões por aplausos dos peregrinos, que interromperam a homilia quando D.José Policarpo se referia de forma mais emotiva ao Santuário.
Data de introdução: 2005-05-18