A taxa de desemprego estimada pelo INE para o mês de Fevereiro foi de 14,1%, um aumento de três décimas face aos 13,8% de Janeiro (valor revisto em alta), e um regresso a valores acima dos 14% da população activa, uma barreira que tinha sido cortada há um ano, avançou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O INE dá conta de que a "população desempregada foi estimada em 719,6 mil pessoas, o que representa um acréscimo de 1,7% face a Janeiro de 2015 (mais 11,7 mil)" e que "a população empregada foi estimada em 4,399 mil pessoas, diminuindo 0,3% (menos 11,1mil) face ao mês anterior".
Os números avançados pelo INE, que desde Outubro publica mensalmente uma estimativa de taxa de desemprego e de população empregada e desempregada, incluem uma revisão em alta do anterior valor da taxa de desemprego de Janeiro de 2015, de 13,3% avançados há um mês, para 13,8%, o que ditou um aumento da taxa de desemprego no arranque do ano, e não uma diminuição como resultava do valor anterior.
Com os dados agora disponíveis, a taxa de desemprego mensal estará a subir em Portugal desde Setembro de 2014 (13,3%), com a excepção do mês de Novembro, quando estabilizou em 13,5%, para depois continuar a subir para ultrapassar os 14% em Fevereiro de 2014. O valor compara com 14,9% de há um ano.
Em termos etários, os jovens (entre 15 e 24 anos) continuam a ser os mais afectados pelo desemprego: uma taxa de desemprego de 35%, uma subida de cinco décimas face a Janeiro, e uma descida de 1,1 pontos face ao valor de há um ano. A taxa de desemprego entre adultos é mais baixa: 12,4% em Fevereiro, mais duas décimas que no mês anterior, mas também abaixo dos 13,2% de há um ano.
As estimativas avançadas pelo INE são ajustadas de sazonalidade, isto resultam da aplicação de um filtro que procura ajustar os valores reais ao facto de a economia registar flutuações sazonais ao longo do ano com impacto na actividade e no emprego. Considerando os valores reais, isto é não ajustados de sazonalidade, a taxa de desemprego em Fevereiro foi de 14,5%, uma subida de quatro décimas face a Janeiro, e um valor que compara com 15,3% de há um ano.
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