A 15 de janeiro de 1981, no seguimento dos trabalhos do II Congresso das Instituições Privadas de Solidariedade Social, que decorrera no Porto, nos dias 14 e 15 de junho de 1980, nascia a UIPSS – União das Instituições Privadas de Solidariedade Social, designação que, em 1984, foi alterada para União das Instituições Particulares de Solidariedade Social e, finalmente, em 2003, se transformou em CNIS – Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.
Rosto de milhares de IPSS que por todo o País trabalham em prol da solidariedade social, a CNIS mantém intactas as intenções que nortearam a sua criação há 35 anos e cujas finalidades e atribuições ficaram inscritas nos Estatutos fundadores:
1.º - Assumir a representação e defesa dos interesses comuns das instituições unidas perante o Estado, os Tribunais, as Autarquias e quaisquer outras entidades públicas ou privadas;
2.º - Fomentar o intercâmbio entre as instituições e coordenar as suas atividades de modo a conseguir a máxima eficiência na realização dos objetivos comuns, nomeadamente na cobertura de todas as carências sociais sem resposta;
3.º - Dar parecer sobre problemas surgidos entre as instituições associadas ou no seio delas, e arbitrar a sua resolução quando a isso solicitada;
4.º - Promover sessões de estudo e outras iniciativas, incluindo a edição de publicações, destinadas a fomentar um maior conhecimento sobre a natureza e fins das instituições e do seu papel nas estruturas assistenciais da nação;
5.º - Propor às entidades governamentais e administrativas a adoção de medidas de utilidade geral nos domínios em que se desenvolve a ação das instituições associadas;
6.º - Proceder a estudos destinados a aperfeiçoar as atuações técnicas e administrativas das instituições associadas;
7.º - Fazer exposições, requerimentos e representações dos organismos oficiais e a quaisquer outras entidades competentes, em defesa dos legítimos interesses gerais ou específicos das instituições unidas;
8.º - Dar parecer sobre acordos de colaboração entre as instituições ou entre estas e as entidades oficiais.
Três décadas e meia depois, e apesar da secular história das organizações sociais emanadas da sociedade civil em Portugal, a CNIS é e tem sido a voz de milhares de IPSS, que todos os dias cuidam de milhares de utentes, que empregam milhares de pessoas, que movimentam milhares de euros na economia local, que mantêm vivas muitas localidades espalhadas pelo território nacional, do Minho ao Algarve, sem esquecer os arquipélagos dos Açores e da Madeira, e que, acima de tudo, têm sempre um olhar especial para os mais carenciados e desvalidos da vida.
Sempre atenta às mudanças da sociedade, a CNIS tem promovido crescente qualificação das instituições, das respostas e dos agentes sociais, sempre em busca de uma maior e melhor solidariedade social.
Em jeito de registo histórico, e para memória futura ficam os nomes daqueles que ao longo destes 35 anos comandaram os destinos da, hoje, CNIS – Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.
Padre Marinho Cia, grande impulsionador da criação da UIPSS, no II Congresso das Instituições Privadas de Solidariedade Social.
Cónego Orlando Mota e Costa, primeiro presidente da UIPSS (1981-1984).
Ernesto Campos, segundo presidente da UIPSS (1984-1988).
Padre José Maia, terceiro presidente da UIPSS (1988-2003).
Cónego Francisco Crespo, primeiro presidente da CNIS (2003-2006).
Padre Lino Maia, segundo presidente da CNIS (2006-…).
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