GEOFUNDOS

Plataforma online concentra oportunidades de financiamento

Apresentada como «a única plataforma online em Portugal que reúne todas as oportunidades de financiamento, nacionais e internacionais, disponíveis para entidades e iniciativas da Economia Social», a GEOfundos nasce sob o lema: «Fundo certo com sucesso».
O propósito deste instrumento é disponibilizar numa única plataforma tecnológica a informação sobre as várias oportunidades de financiamento existentes dirigidas ao setor da Economia Social, através de uma segmentação rigorosa, pesquisa simples, rápida e personalizada e com apresentação de resultados muito concretos.
A CNIS fez-se representar por dois membros da Direção, José Leirião e Macário Correia, com este último a considerar “muito positivo” o surgimento deste veículo de facilitação da vida das IPSS.
“Pode ser muito útil para as instituições, porque todos carecemos de apoios para os nossos investimentos, para melhoria de instalações, novas valências, novos edifícios, para projetos imateriais na área das edições, campanhas e atividades, e ter a informação sobre os financiamentos organizada para perceber onde é que a nossa ideia pode encaixar, quando, como e em que circunstâncias é fundamental”, afirmou, ao SOLIDARIEDADE, Macário Correia, acrescentando: “As instituições passam a ter uma ferramenta que é indispensável na gestão do dia-a-dia. Não há nenhuma instituição que não tenha objetivos de lançar novas soluções, novas valências, obter financiamento para as dificuldades que tem, novas atividades, porque ninguém está de braços cruzados e parados, e ter a informação organizada e acessível é muito positivo”.
Para o dirigente da CNIS, “a existência de uma plataforma de informação transversal bem recheada de elementos, com acesso fácil a todas as instituições sociais é muito positivo”, lembrando que as IPSS atuam “na interface de muitos programas e de muitas potenciais candidaturas, quer de fundos europeus, fundos nacionais, fundações na área da responsabilidade social, prémios diversos e, por vezes, é difícil encontrar a informação exata para tudo isso”.
É que cada um tem o seu regulamento, os seus prazos e as suas condições de acesso, pelo que “à medida que se aproximam ciclos de investimento de fundos europeus, como é o caso, e que nem sempre as condições de acesso em cada zona do País são as mesmas, mais importante se torna ter uma plataforma com toda a informação organizada para que se possa aceder rapidamente e ter ainda acesso às respostas para as perguntas que muitas vezes têm que se fazer com telefonemas, e-mails e outras diligências”.
Perguntas como quais os prazos, quem pode concorrer, quais as condições de comparticipação, quando se recebe, quem é o júri são frequentes e constituem muitas vezes obstáculos aos procedimentos das instituições. O que o GEOfundos se propõe fazer é, não só concentrar todas as oportunidades de financiamento disponíveis, mas também apoiar as entidades da Economia Social na sua obtenção.
“Se esta informação estiver toda agrupada e acessível é muito positivo, resta, agora, ver as condições operacionais de funcionamento, porque aqui vimos apenas a apresentação geral, que foi bem recheada de aspetos cativantes, mas falta agora ver a parte operacional e se será atualizada permanentemente para que não haja qualquer dúvida sobre aquilo que está na plataforma, bem como as condições de acesso e de registo das entidades, pois há aspetos que ainda não foram devidamente divulgados, para se poder perceber todos os mecanismos operacionais de gestão da plataforma”, argumenta Macário Correia.
A nova plataforma, que contou no lançamento com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, pretende conseguir um maior conhecimento das entidades e empreendedores da Economia Social sobre as fontes de financiamento existentes, a nível nacional e internacional, aumentar da qualidade técnica, adequabilidade e pertinência das candidaturas a financiamento, diversificar as fontes de financiamento das entidades da Economia Social e aumentar o alcance das entidades da Economia Social em termos de número de beneficiários diretos.
Com tudo isto, a GEOfundos quer promover a sustentabilidade financeira de médio e longo prazo das instituições do Terceiro Setor.
“A Economia Social é um setor que cria muito valor, porque faz coisas que são da responsabilidade do Estado e fazem-no a menor custo e de forma mais humana”, assinalou o ministro Caldeira Cabral, sublinhando: “Esta iniciativa está ao lado do melhor da Economia Social. Estes instrumentos facilitadores são importantes para que as pessoas percam menos tempo e energia na busca de financiamento”.
O governante aplaudiu a iniciativa e “a agregação entre as diferentes entidades”, deixando um incentivo à vasta plateia, formada pelos representantes das mais diversas entidades que integram o Terceiro Setor: “Espero que este instrumento os ajude a fazerem o que já fazem bem”.
A GEOfundos é uma plataforma online em Português que, para além de agregar todas as oportunidades de financiamento para Economia Social, presta um serviço customizado, ou seja, feito à medida de forma a promover uma maior eficiência na obtenção de financiamento, dando ainda resposta a empreendedores sociais.
Para tal, as instituições necessitam de efetuar um registo e proceder a um pagamento mensal, que varia consoante a dimensão económico-financeira da mesma.
Apesar de a visita e consulta online ser gratuita, ser beneficiário dos serviços prestados pela plataforma requer um pagamento, que permite ter acesso ao «Espaço de Aprendizagem», com informação de valor acrescentado para melhorar a aptidão para obter financiamento, ao «Centro de Especialistas» e ao «Apoio GEOfundos», que podem dar uma resposta integrada, com elevado nível de conhecimento e ajustada às necessidades de cada entidade ou iniciativa.
Aliás, subscrever os serviços associa a vantagem de ser feito um permanente upgrade das oportunidades mais adequadas à instituição subscritora.
Nesta fase de lançamento, a plataforma, cuja CNIS integra o Conselho Estratégico, já agrega um total de mais de 120 oportunidades de financiamento, cerca de 40% nacionais e cerca de 60% internacionais, somando um valor (disponível) de mais de 500 milhões de euros.
A apresentação da GEOfundos decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, com uma adesão maciça de representantes de IPSS – membros da CNIS, destaque ainda para os representantes das Uniões Distritais de Évora, Santarém e Setúbal e ainda da APPC –, ONG e ONGD, ONGA, ONPD, associações, coletividades, fundações, cooperativas, mutualidades e misericórdias, tendo, entre outros, contado com a participação de Graça Fonseca, secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa.

P.V.O.

 

Data de introdução: 2016-05-18



















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