A CNIS assinalou, em Fátima, o seu 36º aniversário com uma sessão em que foi apresentada uma súmula do Caderno de Reflexões do Centro de Estudos Sociais.
A iniciativa contou com a presença de elementos dos demais órgãos sociais da Confederação, dos presidentes das Uniões Distritais e Federações associadas e ainda de alguns membros do Centro de Estudos Sociais da CNIS.
No final, o padre Lino Maia congratulou-se com a iniciativa, pois foi mais um espaço em que a união entre todos foi reforçada.
“Foi bom juntar esta gente toda e nota-se que há um espírito de comunhão e de alegria, porque a união e a consciência de que se está a fazer algo de bem pelos outros também provoca alegria e satisfação e isso notou-se hoje aqui”, sustentou, ao SOLIDARIEDADE, o presidente da CNIS.
“A União das IPSS começou com muita gente, hoje é muito mais que está na CNIS, mas o espírito de comunhão mantém-se”, disse, acrescentando: “Nota-se, claramente, que toda esta gente sente que a sorte do outro é a própria sorte e não atira para o outro a responsabilidade daquilo que ele próprio pode fazer. E isto é bom, dá-nos força e dá-nos espaço”.
A propósito do aniversário da CNIS, “são 36 anos em que muitos, e muito bem, se deram a este mundo da solidariedade social”, referiu o padre Lino Maia, sublinhando: “E estes foram os grandes construtores disto que é inultrapassável e é único a nível da Europa. Em nenhum outro país encontramos tanta gente e tão empenhada na solução dos problemas da comunidade”.
Depois da apresentação, a cargo de Filomena Bordalo, do resumo do Caderno de Reflexões do Centro de Estudos Sociais, o presidente da CNIS reforçou o propósito de recusar a diluição do Setor Social Solidário no caldeirão da Economia Social, sublinhando: “Temos uma natureza diferente e, por isso, somos diferentes. Não seremos mais importantes, mas somos mais necessários. Nós somos Economia Social Solidária”.
De seguida, o padre Lino Maia referiu que a Direção já está a preparar a negociação do Protocolo de Cooperação com o Estado, revelando algumas matérias que serão levadas às conversações com o Governo.
O presidente da CNIS lembrou que a negociação não será feita na base de propostas independentes de cada uma das estruturas organizativas do Setor Social Solidário, mas que haverá uma posição conjunta das três entidades (CNIS, União das Misericórdias Portuguesas e União das Mutualidades Portuguesas).
Sobre as matérias a levar à negociação, o padre Lino Maia referiu, a título de exemplo, os concursos para novos Acordos de Cooperação com as IPSS; o FEAC (Fundo Europeu de Apoio a Carenciados), em que “as instituições vão ser convidadas a distribuir os bens alimentares e contarão com apoio para o fazer”; a sustentabilidade e o salário mínimo, lembrando que “o impacto do aumento é muito maior nas IPSS do que nas demais entidades patronais”; a comparticipação suplementar da Segurança Social; a discriminação positiva das IPSS a apoiar; Portugal 2020; e fiscalização, entre outros.
Também alguns dos dirigentes presentes, respondendo a uma solicitação do presidente da CNIS, deixaram algumas sugestões de temas que a Direção deve incluir nesse caderno de encargos.
Foram muitos os dirigentes que felicitaram a CNIS pelos seus 36 anos de existência e vincaram a importância da Confederação na defesa das IPSS, tendo a totalidade dos presentes saudado Nuno Rodrigues e Eduardo Mourinha, os únicos presentes que estão na CNIS desde a sua fundação. O primeiro foi mesmo, como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Chaves, signatário da escritura pública que no dia 15 de janeiro de 1981 instituiu a, então, União das IPSS, hoje CNIS.
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