PADRE JOSÉ MAIA

Não há idade para trabalhar

Ora cá está uma boa notícia, que não tem de meter política, daquela política politiqueira: a idade não é obstáculo para encontrar trabalho!

As empresas de gestão e recursos humanos estão a contratar mais, embora para funções menos qualificadas, dando novas oportunidades de trabalho a pessoas com mais idade.

Quantas vezes ouvimos desabafos amargos de muita gente que sempre esteve empregada, mas que, em face da escassez de trabalho, se viu relegada para o “arquivo morto” dos centros de emprego, à espera de uma oportunidade de emprego que nunca mais chega!

Com efeito, a taxa de desemprego das pessoas com mais de 45 anos ficou abaixo dos 10% no ano passado. Desde o final da última década que isto não sucedia!

Curiosamente, o número de trabalhadores naquela faixa etária recuperou 3,2%! Na linguagem dos economistas, esta percentagem significa uma tendência que começa a afirmar-se, provando que há cada vez mais empregadores que não olham para a idade quando precisam de pessoas para trabalhar.

A verificar-se esta tendência, e a fazer fé nos dados de mais de uma empresa de recrutamento de pessoal, apetece perguntar: porque é que isto está a acontecer?

As razões serão várias e de diversa natureza. Por um lado, é referido que as empresas acabam por aproveitar a experiência e a maturidade do trabalhador e, por outro, é também um sintoma de alguma escassez de oferta de mão-de-obra que vai começando a fazer-se sentir.

Com efeito, segundo os dados do INE, no último trimestre de 2016 havia mais 77 mil pessoas empregadas na faixa dos 45 aos 64 anos do que no período homólogo de 2015.

Logística, transporte, operações de produção, trabalhos de construção civil são algumas da áreas onde a procura de mão-de-obra está a crescer.

Se a tudo isto acrescentarmos a aposta que o Governo tem anunciado que quer fazer (e para já, tem sido só isto!) no domínio da qualificação de adultos, através do Programa QUALIFICA, poderemos estar em face de um “tempo novo de oportunidades” para pessoas com mais idade que, por esta via, poderão voltar a acreditar nos seus talentos como forma de realização pessoal e vivência de uma experiência de cidadania a que têm direito num país que ajudaram a construir!

Pe. José Maia

 

 

Data de introdução: 2017-04-14



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...