Novo dia da centelha solidária da CNIS na Madeira e nova dose de entusiasmo, celebração e festa. Foi junto à estátua da Irmã Wilson que o sexto dia de digressão da Chama da Solidariedade teve início, mas foi na Gaula que ardeu, pela primeira vez, exuberantemente.
A interpretação do Hino da Solidariedade, «a cappella», por um grupo alunos de Santa Cruz inscreveu-se na lista das várias versões que as instituições madeirenses têm criado… e muito bem!
A esta altura estava a flama solidária em Santa Cruz, arrumando, de seguida, para a Gaula.
Há quem diga que uma imagem vale por mil palavras, mas quando as palavras são bem costuradas, a coisa pode não ser bem assim…
É que na Gaula, mais concretamente no Refúgio de São Vicente de Paulo, a poetisa Olívia Baptista, utente do lar, escreveu e declamou o poema «Chama Viva», que retrata de forma exemplar e simples o universo e espírito que a Chama da Solidariedade carrega.
Por isso, mais do que outras palavras, ficam as de quem vive por dentro a solidariedade das IPSS.
“Chama ardente sê bem-vinda/Te saudamos com amor/No Refúgio de São Vicente de Paulo/Recebemos os idosos/Também habita o Senhor.
Hoje a Chama nos Visita/Recebemo-la com alegria/Símbolo da solidariedade/Para toda freguesia,
A Festa da Solidariedade/Celebra e louva o trabalho das instituições/Enaltece os seus valores/Em nossos corações.
Muito amor e esperança/É o que esta Chama nos traz/Agradecemos a todas as instituições/O trabalho que cada uma faz.
A Chama vem afirmar/O seu imenso valor/Todo o trabalho do lar/É feito com muito amor.
Vemos o combate à pobreza/Uma missão essencial/Queremos justiça e dignidade/Para toda a população em geral.
Instituições Particulares de Solidariedade Social/Trabalham com dignidade/Recebem muitos carenciados/E lutam pela igualdade.
Vimos a Chama ser recebida por muitas instituições/Para lhes dar força e coragem/Em todas as ocasiões.
A chama que sempre vive/No fundo dos corações/Chama viva não te apagues/Não tragas desilusões”.
Imagens para quê, quando as palavras são costuradas acertadamente?
De seguida a primeira paragem no Funchal, mais concretamente em S. Gonçalo, na Casa de Saúde Câmara Pestana, onde a Chama foi recebida em grande festa. Um momento de dança protagonizado pelos utentes e funcionários fez a centelha solidária ganhar força, pois nem alguns problemas técnicos com o som atrapalharam quem no palco dava um espetáculo bastante interessante.
Ao início da arde, a flama prosseguiu o seu caminho até à Praça do Município, na baixa do Funchal. Aí, as crianças, até porque era o seu Dia Mundial, foram quem dominou as atenções, mas não só.
Interpretação coreografada do Hino da Solidariedade por um grupo de crianças da Escola Maria Eugénia Canavial abriu em beleza o momento de animação musical, que se seguiu o grupo de rua Camachofone e ainda um momento de dança por outro conjunto de petizes.
Em desfile pedonal, a Chama seguiu até ao Parque de Santa Catarina, onde centenas de crianças celebravam o seu Dia Mundial.
Com mais uma visita pela frente, a caravana, agora automóvel, rumo a São Martinho, para a Casa do Povo local. Para além dos responsáveis pela Casa do Povo, Rubina Leal, secretária Regional para a Inclusão e Assuntos Sociais, aguardava a Chama da Solidariedade.
Novo momento musical, com cantares e dançares tradicionais da Madeira, e assim fechava mais um dia de périplo, quando já tudo se prepara para a 11ª edição da Festa da Solidariedade.
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