POPULAÇÃO ATIVA

3,6 milhões de portugueses no mercado de trabalho

Cerca de 3,6 milhões de pessoas com 55 e mais anos integravam o mercado de trabalho no segundo trimestre, representando 40,2% da população em idade ativa, revelou o Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho.

Segundo uma nota técnica divulgada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP), que tem por base as estimativas do Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE), o peso da população em idade ativa com 55 e mais anos aumentou 0,6 pontos percentuais face ao trimestre homólogo.

"As estimativas do Inquérito ao Emprego confirmam a tendência gradual para o envelhecimento da população em idade ativa, em particular nos últimos anos", lê-se no documento.

A maior parte da população mais velha em idade ativa tinha entre 55 e 64 anos (15,5%), seguindo-se a população com 65 a 74 anos (12,7%) e por fim a população com 75 ou mais anos (12%).

Do total da população em idade ativa com 55 e mais anos (3,6 milhões), mais de um milhão estava a trabalhar, constituindo 21,6% da população empregada em Portugal, revela a nota do GEP.

“A população empregada com 55 e mais anos foi estimada em 1.027,6 mil” no segundo trimestre de 2017, dos quais 565,1 mil são homens (55%) e 462,5 mil mulheres (45%), lê-se no documento.

Face ao mesmo trimestre de 2016, houve um aumento de 9,1% do número de pessoas com 55 e mais anos a trabalhar, excedendo o crescimento da população empregada com idade entre os 15 e os 64 anos, cuja subida foi de 2%.

Por outro lado, de acordo com o GEP, havia no segundo trimestre 75,5 mil desempregados com 55 e mais anos.

O gabinete do Ministério do Trabalho faz ainda uma análise à informação estatística publicada todos os meses pela Segurança Social, para aferir o peso relativo da população mais velha nas várias prestações contributivas.

Segundo a análise, entre 2007 e 2016, a população com 55 e mais anos representou 21% dos beneficiários que, em cada ano, recebeu pelo menos uma prestação de desemprego. “Essa proporção apenas se alterou nos anos da crise (2009 a 2013), em que desceu para cerca de 18%”, dado o aumento do desemprego nas outras faixas etárias.

Analisando por mês, o peso sobe para mais de 30% devido a uma maior permanência no desemprego, em consequência dos períodos de concessão mais alargados para as pessoas mais velhas.

Em junho, por exemplo, 32,5% dos beneficiários de prestações de desemprego (mais de 62 mil) tinham 55 e mais anos.

Quanto ao subsídio de doença, em 2016, a população com 55 e mais anos representou 18,2% no total de beneficiários desta prestação social. Por mês, a proporção aumenta para mais de 25%, em média. Em junho, mais de 34 mil pessoas estavam a receber subsídio de doença.

A população com 55 e mais anos representou ainda 15,6% dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) em 2016.

 

 

Data de introdução: 2017-10-01



















editorial

Financiamento ao Sector Social

Saúda-se a criação desta Linha de Financiamento quando, ao abrigo do PARES ou do PRR, estão projetadas ou em curso importantes obras no âmbito da transição ambiental e da construção ou requalificação de...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Agenda do Trabalho Digno – um desafio às IPSS
Durante muitos anos, dirigi, com outras pessoas, uma IPSS. Em um pouco mais de metade das suas valências os utentes não pagavam. Nessas, os acordos de cooperação celebrados com o...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Maio, mês do recomeço e do trabalho
Desde tempos imemoriais que em certas regiões europeias se celebra maio como o mês do recomeço, do lançamento de um novo ciclo temporal, a meio caminho entre a Primavera e o...