O Conselho Geral realizou a sua reunião de outono abordando e debatendo alguns dos temas da atualidade do Setor Social Solidário e da própria CNIS, tendo ainda sido apresentado o Programa de Ação e o Orçamento para 2018.
Foram muitas e diversas as temáticas abordadas pelos conselheiros, que tomaram conhecimento de documentos estruturantes para a vida da CNIS no próximo ano e ainda de outros projetos e negociações ainda em curso.
Apresentado o Programa de Ação, que gira em torno de “três eixos estratégicos” (Capacitação, Cidadania e Representação) e apresentou como grande novidade a criação de um Serviço de Comunicação, foi a vez de os conselheiros conhecerem o Orçamento para 2018, que prevê um resultado líquido positivo. Todas estas matérias serão detalhadamente apresentadas na próxima Reunião Magna da CNIS, no dia 11 de novembro, tal como no SOLIDARIEDADE.
Como já é de conhecimento geral, após a Assembleia Geral Ordinária da CNIS realiza-se uma outra Extraordinária, que tem como dois pontos apenas na ordem de trabalhos: 1 - Apreciação e deliberação sobre a ratificação da adesão da CNIS à Confederação Portuguesa do Voluntariado; 2 - Apreciação e deliberação sobre a adesão da CNIS à Confederação Portuguesa de Economia Social.
Relativamente ao ponto 2, a Direção da CNIS, pela voz do presidente-adjunto, João Dias, deu conta aos conselheiros do caminho percorrido nas diversas reuniões da Comissão Organizadora do Congresso Nacional da Economia Social, que ao que tudo indica será o palco da concretização da Confederação Nacional da Economia Social.
João Dias começou por dizer que a CNIS “não podia virar as costas ao processo” que estava em marcha, pelo que a opção foi “tentar influenciar o processo de criação da Confederação”.
“Nós representamo-nos e não estamos disponíveis para que outros nos representem”, asseverou o dirigente da CNIS, lembrando: “Pensávamos não estar sozinhos, mas ficámos sós a defender a nossa identidade. Mesmo assim, marcámos a nossa presença e acabámos por condicionar de forma decisiva o que era inicialmente perspetivado”.
Para o diretor-executivo da CNIS, “o que se conseguiu é significativo”, porque a CNIS “tentou fazer valer o que distingue o Setor Social Solidário das outras famílias da Economia Social”, sublinhando ainda: “A Confederação Nacional da Economia Social é onde estão todos, mas não é de todos, porque não há perceção por todos do que realmente somos todos”.
Recorde-se que desde início a CNIS levantou reservas, não tanto com o fim, mas com a forma apressada como se queria criara a nova entidade.
“Já fui muito crítico, agora já não sou porque já sinto garantias de que não haverá diluição do Setor Social Solidário neste todo da Economia Social”, frisou o presidente da CNIS aos conselheiros, face a algumas dúvidas e desconhecimento por parte de alguns conselheiros.
Para o padre Lino Maia, há três razões que o levam “a considerar a adesão” a essa novel Confederação Nacional da Economia Social, que ao que tudo indica será oficializada no próximo dia 14 de novembro: “A comunhão com as demais famílias da Economia Social [sem a presença do Estado, ao contrário do que acontece no Conselho Nacional da Economia Social e na CASES]; a eventual vantagem de aparecer a uma só voz na candidatura a apoios externos; e a não diluição do Setor Social Solidário no todo da Economia Social”.
Para que não restassem dúvidas, o líder da CNIS assegurou que “nenhuma entidade perderá a sua autonomia”, revelando que, nos próximos dias, a CNIS irá divulgar a informação possível e necessária para que as instituições de base fiquem com dados suficientes para, na Assembleia Geral Extraordinária, tomarem uma posição esclarecida quanto à adesão.
Dentre outros assuntos tratados no Conselho Geral, destaque para a reunião, no próximo dia 7 de novembro, dos assessores jurídicos das Uniões Distritais com a assessoria da Direção da CNIS e ainda para o apelo em torno da ROTASS – Rede Operacional e Técnica de Apoio ao Setor Solidário.
A propósito deste último item, Palmira Macedo, assessora da CNIS, deixou o apelo junto dos representantes das Uniões Distritais para que divulguem junto das suas associadas que “é necessário que se comece a utilizar a plataforma”, que, lembre-se, tem como grandes objetivos pôr as IPSS em contacto umas com as outras e partilhar as boas práticas do Setor Social Solidário.
Nota final para a presença de um representante da União Regional das IPSS dos Açores (URIPSSA), entidade que está a reanimar-se, após algum tempo “adormecimento”.
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