MAIORES DE 65 ANOS

Quedas são o acidente doméstico mais frequente e principal causa de morte

As quedas são o acidente doméstico mais frequente nos idosos e a principal causa de morte acidental na população dos maiores de 65 anos, conclui um estudo que será apresentado na quinta-feira, em Aveiro.

Esta investigação, a que a Lusa teve hoje acesso, será um dos temas em destaque na 2.ª Reunião Nacional do Núcleo de Estudos de Geriatria, da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), que se realiza quinta e sexta-feira, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro.

Segundo Lia Marques, assistente hospitalar de medicina interna, "as quedas ocorrem em 35 a 40% das pessoas com 65 anos e em mais de 50% da população com mais de 80".

A investigadora alerta para "as complicações graves" que podem resultar dessas quedas, como "a perda de autonomia e a imobilidade".

"Sabemos que 5% a 25% das quedas na população idosa se complicam com lesões graves, como fraturas ou traumatismo craniano; 50% condicionam internamento hospitalar e, destes internamentos, 40% terminam na institucionalização do idoso por perda de autonomia", sublinha Lia Marques.

Apesar de a sua incidência aumentar com a idade, os especialistas sabem que as quedas se devem a fatores de risco que estão bem definidos, "muitos dos quais corrigíveis, o que faz com que as quedas na população idosa tenham um grande potencial de prevenção".

A investigadora defende que "devem ser implementados instrumentos de rastreio para identificação do risco de queda e avaliação complementar para controlo de cada um dos fatores de risco individuais para queda. Fatores de risco extrínsecos para queda como trajetos mal iluminados ou a presença de obstáculos no percurso dos doentes podem ser facilmente corrigidos".

Do programa da 2.ª Reunião Nacional do Núcleo de Estudos de Geriatria faz ainda parte a prevenção cardiovascular no idoso que, de acordo com a organização do evento, "passa pelo rastreio e tentativa de modificação dos fatores de risco cardiovascular tais como a dislipidémia, a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão arterial, a diabetes mellitus ou o tabagismo". 

 

Data de introdução: 2017-11-15



















editorial

Educação: o pilar da inclusão e da solidariedade

Desde a sua fundação, a CNIS tem vindo a afirmar que a educação é, antes de mais, um direito de todos e um fator determinante para a inclusão social. Nesta edição do Solidariedade, reafirmamos esse compromisso...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Acolhimento de Imigrantes apela ao nosso humanismo pátrio
A entrada de imigrantes, em Portugal, tem sido um dos assuntos mais presentes na agenda do país. Na abordagem política tem predominado mais a ideologia que a defesa incontornável da...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A responsabilidade política e a crise das urgências
Duas grávidas perderam, com um intervalo de uma semana, os seus bebés depois de procurarem uma resposta de urgência num hospital público.  Num dos casos, segundo o...