PRÉMIO BPI CAPACITAR 2017

700 mil euros para 20 projetos inclusivos para pessoas com deficiência

No âmbito da 8ª edição do Prémio BPI Capacitar, 20 instituições de solidariedade receberam 700 mil euros para apoiar projetos que promovem a inclusão social, a melhoria da qualidade de vida e a autonomia de pessoas com deficiência ou incapacidade permanente, reforçando em 200 mil euros a dotação inicialmente prevista.
O primeiro prémio foi, «ex aequo», para a ARCIAL - Associação para a Recuperação de Crianças Inadaptadas de Oliveira do Hospital e para a APELA - Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, ambas associadas da CNIS.
A ARCIAL apresentou um projeto de formação e integração de jovens com deficiência nos trabalhos de germinação de árvores, apoiando a reflorestação de área ardida na região, enquanto o projeto da APELA visa melhorar a qualidade de vida de doentes retidos em domicílio, através da dinamização de uma equipa itinerante multidisciplinar.
Mais especificamente, o projeto apresentado pela ARCIAL proporciona dois benefícios complementares à comunidade onde se insere a partir de uma única ação. É que ao propor a participação de jovens com deficiência num projeto socialmente útil, como é a reflorestação, está igualmente a contribuir para recuperar as zonas da região afetadas pelos incêndios do último verão em Portugal. Na base do projeto está a formação e a integração de jovens com deficiência em trabalhos de germinação de árvores autóctones em estufa, com o objetivo de contribuir posteriormente para a reflorestação de área ardida na região. Dessa forma é potenciada a capacitação dos jovens para a inclusão social e a sua reintegração no mercado de trabalho, transmitindo ao mesmo tempo valores associados à sustentabilidade.
Já o projeto da APELA inclui uma componente de apoio direto aos doentes que estejam já sob limitações profundas causadas pela doença e uma outra componente associada à prevenção. A instituição pretende dinamizar uma equipa itinerante multidisciplinar, com o objetivo de prevenir e retardar os sintomas evolutivos da doença, como a perda de mobilidade, da fala, da deglutição e da respiração. Está prevista também a disponibilização de soluções tecnológicas de comunicação criadas a pensar nos pacientes retidos no domicílio, que ajudem a melhorar a resposta social a uma necessidade específica.
O BPI distinguiu ainda os projetos de outras 18 instituições com menções honrosas de um universo de 224 candidaturas, com o júri a selecionar aos 20 melhores projetos em termos de sustentabilidade, inovação e impacto social.
A saber: ARCIAL (31.587 euros); APELA (50.000); ARIA - Associação de Reabilitação e Integração Ajuda (50.000); CERCIPENELA – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Penela, CRL (33.160); APPACDM de Coimbra (47.659); MADI de Vila do Conde - Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual (48.006); Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência (49.900); Pais em Rede Associação (28.533); Centro Social e Cultural S. Pedro de Bairro (37.779); Associação Histórias para Pensar – Projecto Mãos que Cantam (34.120); AFPAD - Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência (50.000); Novamente – Associação de Apoio ao Traumatizado Crânio-Encefálico e Sua Família (17.413); CAPITI - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil (40.000); APPACDM de Portalegre (39.737); Associação Rumo à Vida (15.016); Comissão de Apoio Social e Desenvolvimento de Santa Catarina (43.669); APN - Associação Portuguesa de Neuromusculares (37.905); CERCIMA (13.776); AAMA - Associação de Atividade Motora Adaptada (7.550); e APPACDM de Setúbal (24.1921).
Criado em 2010, o Prémio BPI Capacitar já atribuiu mais de 4,6 milhões de euros a instituições sem fins lucrativos para a implementação de 145 projetos de inclusão social que contribuem diariamente para melhorar a qualidade de vida de mais de 32 mil beneficiários diretos em todo o território nacional.

 

Data de introdução: 2017-12-14



















editorial

O COMPROMISSO DE COOPERAÇÃO: SAÚDE

De acordo com o previsto no Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário, o Ministério da Saúde “garante que os profissionais de saúde dos agrupamentos de centros de saúde asseguram a...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Imigração e desenvolvimento
As migrações não são um fenómeno novo na história global, assim como na do nosso país, desde os seus primórdios. Nem sequer se trata de uma realidade...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Portugal está sem Estratégia para a Integração da Comunidade Cigana
No mês de junho Portugal foi visitado por uma delegação da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância do Conselho da Europa, que se debruçou, sobre a...