No âmbito da 8ª edição do Prémio BPI Capacitar, 20 instituições de solidariedade receberam 700 mil euros para apoiar projetos que promovem a inclusão social, a melhoria da qualidade de vida e a autonomia de pessoas com deficiência ou incapacidade permanente, reforçando em 200 mil euros a dotação inicialmente prevista.
O primeiro prémio foi, «ex aequo», para a ARCIAL - Associação para a Recuperação de Crianças Inadaptadas de Oliveira do Hospital e para a APELA - Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, ambas associadas da CNIS.
A ARCIAL apresentou um projeto de formação e integração de jovens com deficiência nos trabalhos de germinação de árvores, apoiando a reflorestação de área ardida na região, enquanto o projeto da APELA visa melhorar a qualidade de vida de doentes retidos em domicílio, através da dinamização de uma equipa itinerante multidisciplinar.
Mais especificamente, o projeto apresentado pela ARCIAL proporciona dois benefícios complementares à comunidade onde se insere a partir de uma única ação. É que ao propor a participação de jovens com deficiência num projeto socialmente útil, como é a reflorestação, está igualmente a contribuir para recuperar as zonas da região afetadas pelos incêndios do último verão em Portugal. Na base do projeto está a formação e a integração de jovens com deficiência em trabalhos de germinação de árvores autóctones em estufa, com o objetivo de contribuir posteriormente para a reflorestação de área ardida na região. Dessa forma é potenciada a capacitação dos jovens para a inclusão social e a sua reintegração no mercado de trabalho, transmitindo ao mesmo tempo valores associados à sustentabilidade.
Já o projeto da APELA inclui uma componente de apoio direto aos doentes que estejam já sob limitações profundas causadas pela doença e uma outra componente associada à prevenção. A instituição pretende dinamizar uma equipa itinerante multidisciplinar, com o objetivo de prevenir e retardar os sintomas evolutivos da doença, como a perda de mobilidade, da fala, da deglutição e da respiração. Está prevista também a disponibilização de soluções tecnológicas de comunicação criadas a pensar nos pacientes retidos no domicílio, que ajudem a melhorar a resposta social a uma necessidade específica.
O BPI distinguiu ainda os projetos de outras 18 instituições com menções honrosas de um universo de 224 candidaturas, com o júri a selecionar aos 20 melhores projetos em termos de sustentabilidade, inovação e impacto social.
A saber: ARCIAL (31.587 euros); APELA (50.000); ARIA - Associação de Reabilitação e Integração Ajuda (50.000); CERCIPENELA – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Penela, CRL (33.160); APPACDM de Coimbra (47.659); MADI de Vila do Conde - Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual (48.006); Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência (49.900); Pais em Rede Associação (28.533); Centro Social e Cultural S. Pedro de Bairro (37.779); Associação Histórias para Pensar – Projecto Mãos que Cantam (34.120); AFPAD - Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência (50.000); Novamente – Associação de Apoio ao Traumatizado Crânio-Encefálico e Sua Família (17.413); CAPITI - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil (40.000); APPACDM de Portalegre (39.737); Associação Rumo à Vida (15.016); Comissão de Apoio Social e Desenvolvimento de Santa Catarina (43.669); APN - Associação Portuguesa de Neuromusculares (37.905); CERCIMA (13.776); AAMA - Associação de Atividade Motora Adaptada (7.550); e APPACDM de Setúbal (24.1921).
Criado em 2010, o Prémio BPI Capacitar já atribuiu mais de 4,6 milhões de euros a instituições sem fins lucrativos para a implementação de 145 projetos de inclusão social que contribuem diariamente para melhorar a qualidade de vida de mais de 32 mil beneficiários diretos em todo o território nacional.
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