O Governo lança, esta segunda-feira, de despiste da covid-19 em todos os lares de idosos uma operação de despiste da pandemia de Covid-19 em todos os lares de idosos através da realização de testes de diagnóstico, produzidos em Portugal.
Os testes começam nos concelhos de Lisboa, Aveiro, Évora e Guarda, devendo estender-se, a meio da semana, a Portimão e Loulé e depois ao resto do país.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, confirma o início da operação para prevenir a contaminação e a propagação que tem uma “logística complicada”.
"Vamos começar com os profissionais que estão a trabalhar nos lares - são quem entra e sai dos lares e podem ser veículos da infeção - e também em pessoas que tenham algum tipo de suspeita e sintomas." "Esta operação nos lares é preventiva. É uma operação paralela à operação normal do Ministério da Saúde quando são detetados casos", acrescentou a ministra em declarações ao Jornal Público.
A operação é o resultado de uma parceria do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social com o Ministério da Ciência, com a Cruz Vermelha Portuguesa e o Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa, que criou uma versão de um "kit" de diagnóstico do vírus, a quem o Estado já encomendou dez mil testes. "As amostras têm de ser feitas nos lares e entregues no laboratório", acrescentou o ministro da Ciência, Manuel Heitor, que articulou com a comunidade científica neste processo. A recolha de amostras será feita sobretudo pela Cruz Vermelha.
"Fizemos uma análise de risco em função dos concelhos onde há mais lares e onde há mais lares com maior número de pessoas", adiantou a ministra, em declarações ao jornal "Público". Na segunda semana de testes em lares, Ana Mendes Godinho prevê que a capacidade de resposta já tenha aumentado bastante: "O objetivo é fazer testes por todo o país." Os próximos concelhos do país estão a ser identificados, em função dos níveis de prioridade, do número de trabalhadores nos lares e da capacidade diária dos testes. "Estamos a desenhar o mapa."
Recorde-se que idosos com mais de 70 anos fazem parte de um dos grupos de risco da Covid-19, que, nos casos mais graves, pode levar a pneumonia com insuficiência respiratória aguda, falência dos rins e outros órgãos e à morte. É a partir dessa faixa etária que a taxa de mortalidade do vírus é maior.
O Público indica também que os testes de diagnóstico que vão ser aplicados resultam de um repto lançado a 12 de março pela cientista Maria Manuel Mota aos investigadores do IMM, instituto que dirige, para criarem o próprio kit seguindo o protocolo estabelecidos pelos Centros para Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
Os kits, segundo o jornal que cita Maria Manuel Mota, usam reagentes produzidos em Portugal, pela empresa de biotecnologia NZYTech.
Maria Manuel Mota estimou ao jornal que o IMM poderá chegar em breve aos 300 testes por dia e, mais tarde, aos mil. Cada teste tem um custo de cerca de 30 euros.
A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho disse ao jornal que o IMM “consegue fazer 150 a 200 testes por dia na primeira semana de operação”.
“Vamos avançar com 10 mil testes com que o IMM se consegue comprometer”, disse.
O Governo já anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar de acompanhamento permanente dos lares que pode ser chamada em caso de emergência, enquanto as Forças Armadas podem ajudar na higienização de lares.
Não há inqueritos válidos.