Os lares de idosos vão continuar a receber visitas apesar dos surtos de infeção por covid-19 que têm surgido em alguns porque "os grandes vetores da doença são os profissionais", disse a diretora-geral da Saúde.
"Vamos manter as visitas, enquanto elas cumprirem as regras. Sempre que aparece um caso positivo, suspendemos as visitas. Mas, nos focos que têm surgido, são os profissionais dos lares os grandes vetores de entrada da doença, muito mais do que as visitas", observou Graça Freitas na conferência de imprensa sobre a pandemia.
A responsável fez "um grande apelo" aos profissionais que trabalham nos lares e que, "muitas vezes, trabalham em mais do que uma instituição", para protegerem os idosos, "mais frágeis" perante a infeção do novo coronavírus.
Relativamente às visitas, Graça Freitas referiu ainda que as mesmas são feitas com regras, nomeadamente de distanciamento e de circuitos diferenciados.
A 18 de junho, a diretora-geral já tinha afirmado que os funcionários de lares "têm uma responsabilidade acrescida", nomeadamente no cumprimento das regras de prevenção da covid-19, porque "o teste [de rastreio] não é uma vacina".
"Temos de apostar na formação, na literacia para as regras de higiene. Os idosos estão circunscritos àquele espaço [ao lar]. Se são infetados é porque alguém do exterior traz a infeção. Os funcionários têm uma responsabilidade acrescida, porque foram testados e cuidam de pessoas mais velhas, mais vulneráveis", afirmou
Portugal contabiliza pelo menos 1.534 mortos associados à covid-19 em 39.392 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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