A idade da reforma vai subir para os 66 anos e sete meses em 2025, segundo indicam os dados da esperança média de vida publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"No triénio 2021-2023, a esperança de vida à nascença foi estimada em 81,17 anos", refere o INE, precisando que a esperança média de vida naquele triénio foi estimada em 19,75 anos para o total da população.
A informação das tábuas da mortalidade para Portugal no período 2021-2023 confirma os dados provisórios sobre a esperança média de vida que tinham sido divulgados no final do ano passado e que colocam a idade legal de acesso à reforma sem penalização nos 66 anos e sete meses em 2025 -- mais três meses do que a idade exigida a quem se reforma em 2024.
Os 81,17 anos de esperança média de vida para o total da população apurados correspondem a um aumento de 0,21 anos (2,52 meses) relativamente ao triénio anterior (80,96 anos).
Este indicador é apurado anualmente pelo INE sendo usado para calcular a idade da reforma no ano imediatamente a seguir e para determinar o corte ditado pelo fator de sustentabilidade das reformas antecipadas do ano em curso.
Assim, os dados divulgados confirmam também que o corte pelo fator de sustentabilidade para quem se reforme antecipadamente em 2024 é de 15,8%.
Este valor traduz um acréscimo de dois pontos percentuais face ao aplicado em 2023 -- sendo que, neste ano e também em 2022, o fator de sustentabilidade registou recuos inéditos desde que foi criado, num movimento que foi associado à elevada mortalidade entre as pessoas mais idosas nos anos mais afetados pela pandemia de covid-19, o que ditou uma descida na esperança média de vida.
Além do corte do fator de sustentabilidade, as reformas antecipadas têm ainda uma redução em 0,5% por cada mês de antecipação face à idade legal ou pessoal da reforma.
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