Quando a CNIS promoveu o seminário «Vivências da sexualidade, afetos e relações de intimidade: o caso das pessoas mais velhas apoiadas pelas IPSS», em Aveiro, no passado mês de julho, a iniciativa foi elogiada por todos os participantes e considerada mesmo uma espécie de pedrada no charco que é o tabu da sexualidade nos idosos.
Ora bem, as ondas provocadas por aquela pedrada estendem-se até ao Fundão, onde a CNIS, com o apoio da UDIPSS Castelo Branco, repõe o tema no debate, mas agora relativamente às pessoas portadoras de deficiência.
Assim, no próximo dia 19 de setembro, o Casino Fundanense acolhe o seminário «Vivências da sexualidade, afetos e relações de intimidade: o caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS».
O propósito é, em primeiro lugar, encontrar a melhor forma de poder proporcionar às pessoas com deficiência o direito fundamental que é a sexualidade.
“A vivência da sexualidade e das relações de intimidade não deve ficar na dependência necessária de condições físicas nem, muitas vezes, de condições intelectuais, devendo a pessoa com deficiência poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal”, pode ler-se na nota divulgada pela CNIS, onde é acrescentado: “No entanto, as questões da sexualidade e das relações de intimidade das pessoas com deficiência são complexas, multidimensionais e levantam dúvidas e desafios para os utentes, para os trabalhadores e para as famílias. Não pode, no entanto, deixar de se ter como pressuposto de base o facto de as pessoas terem o direito a tomar decisões de forma autónoma também quanto à sua sexualidade, sendo este direito um direito fundamental dirigido à manutenção da dignidade de cada pessoa e comportando apenas as restrições que sejam necessárias em cada concreta situação individual”.
A participação no Seminário é gratuita, mas de inscrição obrigatória e limitada a 120 participantes, dois por instituição, preferencialmente um membro de equipa técnica e outro da Direção.
A proposta da CNIS é que sejam abordados e debatidos os seguintes temas: «Deficiência intelectual, consentimento e acompanhamento de maior: que lugar para a sexualidade?»; «Saúde sexual e reprodutiva de mulheres com deficiência: recortes de discriminação interseccional»; «Formação de profissionais»; Sexualidade, afetos e relações de intimidade nas respostas para a deficiência»; e «Vivências da sexualidade, afetos e relações de intimidade em contexto de respostas sociais».
Haverá ainda a apresentação do Projeto SMARTS – Apoiar-me no Direito à Sexualidade.
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