O rendimento disponível das famílias aumentou 2,6% de 2002 para 2003, enquanto o PIB, a riqueza produzida no País, subiu apenas 1,6%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística ( INE).
A Madeira, Alentejo e Algarve são as regiões onde os ganhos das famílias, após impostos, mais aumentaram, "claramente acima do crescimento nacional". Foram também as regiões onde o PIB mais cresceu.
Nos Açores, a riqueza cresceu acima da média do país (1,9% contra 1,6%), mas os açorianos apresentaram o menor rendimento disponível, explicado por uma significativa quebra na criação de empregos. De facto, os rendimentos provenientes de salários baixaram 1,1% em 2003, em comparação com 2002. Pelo contrário, a região da Madeira está à frente do ranking do rendimento disponível do país, isto porque a economia regional cresceu 5,1% em 2003, acima da média nacional (1,6%).
As transferências correntes do Estado, como por exemplo as pensões ou as remessas de regiões para regiões, explicam algumas disparidades entre os rendimentos disponíveis para diferentes regiões do país. Os lisboetas - Lisboa e vale do Tejo - viram, em 2003, o seu rendimento disponível aumentar 2,8%, quando a economia e os proveitos salariais aumentaram apenas 2,0%. No Norte o rendimento aumentou 1,9%, mas os salários cresceram apenas 0,9% e a economia expandiu-se 0,3%.
Em 2003, a riqueza produzida por um lisboeta, tendo em consideração a área NUT, foi 45% acima da média do país. Isto é explicado pelo facto de Lisboa concentrar boa parte das sedes das grandes empresas a actuar no país.
Na Madeira, a produção da riqueza estava 21% acima da média nacional, mas este valor estava influenciado pela respectiva Zona Franca, enquanto a riqueza produzida no Algarve estava 6% acima da média nacional. No Porto, o PIB per capita situou-se cerca de 21% abaixo da média do País.
Fonte: Diário de Notícias
Data de introdução: 2006-01-13