SEGURANÇA SOCIAL

Portugueses a favor harmonização de sistemas na UE

Mais de dois terços dos portugueses são favoráveis à ideia de harmonização dos sistemas de Segurança Social no seio da União Europeia (UE), revela uma sondagem encomendada pela Comissão Europeia divulgada em Bruxelas.

Num capítulo do "Eurobarómetro sobre o Futuro da Europa" referente às expectativas quanto aos sistemas de segurança social, e questionados sobre a sua eventual harmonização dentro do espaço comunitário, 70 por cento dos portugueses dizem-se a favor da ideia, rejeitada apenas por 9 por cento, enquanto 21 por cento não sabem ou não respondem.

O valor de aceitação desta ideia em Portugal é superior à média da União Europeia (62 por cento), sendo os novos Estados-membros do Leste da Europa os mais entusiastas, com a hipótese a ser apoiada por 86 por cento dos Polacos, 82 por centos dos Lituanos e 81 por cento dos Húngaros.

No extremo oposto, Finlândia (47 por cento a favor), Reino Unido (49) e Irlanda (50) são os Estados-membros onde se verifica um menor entusiasmo pela ideia, que é de resto menos popular na UE a 15 que no conjunto da UE a 25.

Actualmente, cada Estado-membro tem o seu próprio sistema de protecção social, tendo o primeiro-ministro português José Sócrates anunciado recentemente um plano de reforma com vista a assegurar a sustentabilidade da segurança social no país, que agora está a ser discutido com os parceiros sociais.

Sócrates afirmou que seria uma "irresponsabilidade" não proceder a uma reforma do sector, afirmando que o sistema de segurança social português entraria em desequilíbrio na próxima década se nada fosse feito.

O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, já informou os países da zona euro sobre a reforma do Sistema de Segurança Social português e, em Bruxelas, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Joaquín Almunia, considerou-a "necessária" e "adequada".

O Eurobarómetro especial sobre "O Futuro da Europa" foi realizado no quadro do "Plano D" - de democracia, diálogo e debate - promovido por Bruxelas na sequência da rejeição do Tratado
Constitucional, tendo o estudo visado fundamentalmente perceber o estado de espírito dos europeus e as expectativas em termos de políticas e participação dos cidadãos.

Em Portugal, o inquérito foi conduzido pela TNS Euroteste, que inquiriu 1.011 pessoas entre 20 de Fevereiro e 19 de Março passados.

06.05.2006

 

Data de introdução: 2006-05-06



















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