O primeiro-ministro faz eco das declarações do ministro da Saúde e garantiu aos deputados socialistas que o anunciado encerramento de maternidades é baseado em estudos técnicos credíveis sobre condições de saúde e é uma decisão sem retorno.
«Quando temos os estudos técnicos do nosso lado e quando há convicções não se pode desistir», declarou José Sócrates, na reunião do grupo parlamentar do PS, na quarta-feira à noite, citado por um deputado socialista.
A reunião do grupo parlamentar com o secretário-geral socialista durou cerca de três horas e contou com a presença dos ministros da Saúde, Correia de Campos, e dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.
No período de respostas a questões colocadas pelos deputados, Sócrates equiparou a controvérsia em torno do anunciado encerramento de maternidades ao processo que enfrentou enquanto ministro do Ambiente em defesa da co-incineração de resíduos perigosos. Segundo fonte da bancada do PS, Sócrates referiu que a decisão de avançar com a co-incineração baseou-se em conclusões científicas de uma comissão independente mas mesmo assim foi muito contestada pelas populações, como acontece agora com as maternidades.
«É uma decisão sem retorno», assegurou o chefe do Governo, na sequência de intervenções de deputados socialistas eleitos pelo círculo de Braga, para o qual o Executivo socialista prevê o encerramento da maternidade do Hospital de Barcelos.
O cabeça-de-lista do PS por Braga, António José Seguro, esteve ausente da reunião, mas o deputado Manuel Mota falou para argumentar que é necessária uma maior intervenção da comissão técnica que recomendou ao Governo o encerramento das maternidades.
De acordo com deputados socialistas, José Sócrates concordou que devem estar elementos daquela comissão presentes em todos os debates públicos sobre o assunto, bem como responsáveis políticos e do sector da saúde favoráveis à medida do executivo.
Fonte: Visão Online
Data de introdução: 2006-05-11