PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA RECEBEU CNIS

Cavaco Silva conta com a CNIS no roteiro para a inclusão

“Foi um encontro muito positivo e que deixou as portas da presidência bem abertas para a CNIS.” É desta forma que o presidente da Confederação Nacional de Iinstituições de Solidariedade, padre Lino Maia sintetiza o encontro da CNIS com o Presidente da República, Cavaco Silva.

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, padre Lino Maia e o Prof. Eugénio Fonseca, dirigente da CNIS, constituíram a delegação que foi recebida na Presidência da República, na quarta-feira, 24 de Maio.

Lino Maia referiu ao Solidariedade que «o Senhor Presidente da República recebeu a delegação da CNIS revelando conhecer bem a realidade da CNIS e a acção dos "milhares de IPSS's". Disse que desde o princípio era sua intenção receber a CNIS, mas agora que vai dar sequência pelo país àquilo que deixara perceber no discurso do 25 de Abril, tinha mesmo de receber a Confederação. Sublinhou o muito apreço pela acção das IPSS's e dos seus dirigentes que respondem por mais de 80% na área da acção social. Solicitou o empenhamento das IPSS's para um maior esforço pela justiça social e disse que quer manter a CNIS como parceiro social. A delegação da CNIS enalteceu o discurso do Senhor Presidente no 25 de Abril e afirmou a sua disponibilidade e o seu empenhamento no "Compromisso Cívico" para o qual ele também desafiara as Instituições de Solidariedade. Salientou a CNIS que o "programa para a inclusão" que o Senhor Presidente anunciou faz perceber que, doravante, a "inclusão é o novo nome da via para a liberdade em Portugal".»

A delegação da CNIS teve ocasião para chamar a atenção do Chefe do Estado para a degradação da vida nos bairros sociais e para a desertificação do interior. A ideia do encontro não era "apresentar um caderno reivindicativo" a Cavaco Silva, no âmbito da elaboração do roteiro para a inclusão, mas sim manifestar a disponibilidade da confederação para colaborar com o Chefe de Estado na elaboração da iniciativa. "Disponibilizamo-nos, como parceiro social, para tudo o que possa ser feito para o roteiro", acentuou, antecipadamente, o padre Lino Maia.

A CNIS representa quase três mil instituições particulares de solidariedade social (IPSS), para as quais trabalham cerca de 250 mil pessoas. Saudando a iniciativa de Cavaco Silva, o presidente da confederação salientou, contudo, que "não é por decreto" que se resolve o problema da exclusão social, mas com "educação e formação".

Depois de ter privilegiado o combate aos vários tipos de exclusão no seu discurso na cerimónia oficial do 25 de Abril, o Presidente da República revelou mais tarde, a sua intenção de avançar com um roteiro dedicado a este tema, envolvendo o Governo e instituições públicas.

"Não quero fazer um roteiro contra o Governo. Quero fazer um roteiro com o Governo e com as instituições públicas que se empenham e têm feito um bom trabalho no combate à exclusão", disse então.

Como salientou na altura, a iniciativa "não será uma presidência aberta, mas um roteiro para a inclusão", que tem como objectivo "mobilizar a sociedade civil para o combate à exclusão".

"Numa tentativa de convocar todos aqueles que têm uma forte consciência social, irei fazer visitas e ter encontros, em diversas partes do país, com entidades e instituições que se preocupam com os diferentes tipos de exclusão", precisou Cavaco Silva no discurso do 25 de Abril.

25.05.2006

 

Data de introdução: 2006-05-25



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...