O Movimento dos Utentes de Saúde considera que o Governo não está a zelar pelos interesses dos utentes, relativamente ao aumento do preço dos medicamentos vendidos fora das farmácias e ao fecho dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP).
"Por muito que este Governo diga que zela pelos interesses dos utentes, o que se verifica é o contrário", disse à agência Lusa o presidente do Movimento dos Utentes de Saúde, Manuel Villas-Boas, em reacção às conclusões do 6º Relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS).
O relatório aponta para o aumento do preço dos medicamentos sem receita médica vendidos fora das farmácias, ao contrário do que o Governo pretendia, e critica ainda o fecho de SAP e de maternidades sem uma planificação clara.
De acordo com Manuel Villas-Boas, "cada vez mais o utente é prejudicado e cada vez é mais pagador, ao contrário do que se esperava". Para o presidente do Movimento, este Governo "tem preocupações mercantilistas no sector da saúde". "O ministro da Saúde devia meter os pés ao caminho e ver o que se passa" no sector, disse ainda Manuel Villas-Boas.
O presidente do Movimento dos Utentes de Saúde atribuiu as suas críticas a algumas medidas, nomeadamente o aumento do preço dos medicamentos vendidos fora das farmácias, encerramento de SAP e maternidades, bem como a subida anunciada das taxas moderadoras.
"Não existiria tanta afluência aos hospitais, se os centros de saúde funcionassem bem e se mantivessem os SAP", referiu Manuel Villas-Boas.
2006-06-20
Data de introdução: 2006-06-20