CUIDADOS CONTINUADOS

1.100 camas disponíveis já este ano

O Ministério da Saúde vai criar este ano 1.100 camas para apoiar doentes crónicos e dependentes, no âmbito das experiências-piloto da Rede de Cuidados Continuados em Saúde, para as quais foram constituídas 214 equipas de profissionais.

De acordo com a operacionalização do Programa de Cuidados Integrados a Idosos e Outros Cidadãos em Situação de Dependência, apresentada pelos ministros da Saúde e da Solidariedade Social, as experiências-piloto que arrancam este ano vão assegurar 1.100 camas.
Estas camas estarão espalhadas por Unidades de Convalescença (388), Unidades de Internamento de Média Duração (283), Unidades de Internamento de Longa Duração (391) e Unidades de Cuidados Paliativos (38), em todos os distritos portugueses.

As Unidades de Convalescença destinam-se a doentes dependentes por perda transitória de autonomia, as Unidades de Internamento de Média Duração são para pessoas com uma doença de base, aguda ou crónica, que se encontram em fase de recuperação, as Unidades de Internamento de Longa Duração para doentes em processos crónicos com diferentes níveis de dependência e as Unidades de Cuidados Paliativos para acompanhamento, tratamento e supervisão clínica de doentes em situação complexa e de sofrimento.

Apresentada em Abril pelos ministros da Saúde e Trabalho e Solidariedade Social, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados deverá estar concluída até 2016 e implica, para esse período, um financiamento de 300 milhões de euros.
Nos próximos dez anos, a rede deverá ser constituída de uma forma faseada: 30 por cento até 2009, 60 por cento até 2013 e 100 por cento até 2016. Em 2016, e de acordo com dados do Ministério da Saúde, existirão 2.782 camas em Unidades de Convalescença, 3.091 em Unidades de Média Duração e reabilitação, 7.728 camas em Unidades de Internamento de Longa Duração e Manutenção, 2.318 camas em Unidades de Dia e de promoção da Autonomia e 927 camas em Unidades de Cuidados Paliativos.

O suporte profissional da rede contará com 40 equipas intra-hospitalares em cuidados paliativos (promovem a articulação com os diferentes recursos disponíveis), 50 equipas comunitárias de cuidados paliativos (assessoram as equipas), 90 equipas de gestão de altas (preparam e gerem a alta dos doentes, em articulação com os serviços de internamento) e 360 equipas de cuidados continuados integrados.

Ainda este ano vão iniciar funções 42 equipas de gestão de alta, 162 equipas de cuidados continuados dos centros de saúde, seis equipas de suporte em cuidados paliativos e quatro equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos.
Segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde, estimava-se que existissem em Portugal, há dois anos, 163 mil pessoas com mais de 65 anos com patologias múltiplas e situações de dependência e mais de 16 mil doentes terminais.

03.07.2006

 

Data de introdução: 2006-07-03



















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