Apesar da imagem de riqueza e prosperidade resultante da actividade turística, o Algarve também tem "pobreza envergonhada", estimando-se que existam na região mais de dez mil famílias com graves carências económicas. Uma situação que será aliviada a partir de 15 de Abril, quando forem inauguradas, em Faro, as primeiras instalações do Banco Alimentar contra a Fome. Esta instituição particular de solidariedade social irá apoiar mais de 2500 famílias dos concelhos de Faro, Loulé, Albufeira, Silves, Lagoa e Portimão.
O primeiro passo para o início da actividade foi dado ontem com a assinatura do contrato de utilização da marca entre a Federação dos Bancos Alimentares de Portugal, presidida por Isabel Jonet, e a Associação Pró-Partilha e Inserção do Algarve, liderada pelo ex-reitor da Universidade local, Adriano Pimpão.
Segundo Isabel Jonet, de acordo com o levantamento das necessidades mais prementes efectuado pelas 22 instituições particulares de solidariedade social do Algarve que já aderiram ao projecto, nomeadamente as Misericórdias, Cruz Vermelha, Caritas ou a Fundação António Silva Leal, entre outras, vão ser distribuídas diariamente refeições já confeccionadas a 1214 pessoas e distribuídos cabazes de alimentos a 1330 famílias, com 410 crianças.
"Tal como acontece com os restantes 11 bancos alimentares contra a fome existentes em Portugal, as pessoas ou famílias que necessitem de ajuda alimentar deverão dirigir- -se às instituições concelhias, que prestarão o devido apoio depois de realizada a necessária avaliação da situação desses cidadãos, nacionais ou estrangeiros", esclareceu aquela responsável. Aos concelhos onde o projecto arranca, juntar-se-ão numa segunda fase, os de Tavira e Olhão. Dentro de um ano, todo o Algarve deverá estar coberto pelo Banco Alimentar contra a Fome.
02.01.2007 Fonte: Diário de Notícias
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