Agora ou nunca!

Num momento em que tanto se tem falado da “transferência de (in) competências” do Poder Central para as Autarquias, as IPSS têm motivos de sobra para se interrogarem: afinal, o que é feito do PACTO DE COOPERAÇÃO PARA A SOLIDARIEDADE SOCIAL, instrumento jurídico-político que criou às Instituições de Solidariedade legítimas expectativas de intervenção educativa, social e ao serviço do desenvolvimento comunitário, em cooperação com o Governo, a Associação Nacional de Municípios e Associação Nacional de Freguesias?
Se existiu uma rescisão unilateral por parte do Governo deste Pacto de Cooperação, transferindo para as Autarquias muitas competências e actividades sócio-educativas que historicamente têm sido asseguradas por IPSS, talvez não seja descabido interpelar o Governo sobre o papel que efectivamente reserva para as IPSS nas suas políticas de cooperação!

Já agora:
Sabem o que está escrito no Relatório elaborado pelo Conselho Nacional de Educação a respeito da avaliação do sistema de ensino em Portugal?
Entre outras muitas reflexões do maior interesse, pode ler-se:
“ As instituições privadas sem fins lucrativas que já trabalham na área da educação e formação são desafiadas a alargar e aprofundar a sua intervenção, de forma cada vez mais qualificada. Das que operam em domínios ‘tradicionais’ (1ª infância, idosos, saúde,etc) espera-se uma abertura a outras áreas e formas de intervenção, pois sem a sua participação será difícil cumprir, em qualidade e extensão, as ambiciosas metas educativas a que nos propomos. Para isso, contam com um capital de confiança e proximidade que pode facilitar as aprendizagens não formais e estimular o contacto com contextos formais de educação e formação por parte dos adultos, enquanto beneficiários directos ou ajudando a elevar as expectativas familiares relativamente ao sucesso escolar dos mais novos”.

O desafio à construção de uma nova geração de intervenções sociais e de novas formas de cooperação entre o Estado e as IPSS aqui fica. É pegar ou largar!
Agora, ou nunca!

 

Data de introdução: 2007-07-06



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE

As questões da sexualidade e das relações de intimidade das pessoas mais velhas nas instituições são complexas, multidimensionais e apresentam desafios para os utentes, para as instituições, para os trabalhadores e para as...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Orçamento Geral do Estado – Alguns pressupostos morais
Na agenda política do nosso país, nas últimas semanas, para além dos problemas com acesso a cuidados urgentes de saúde, muito se tem falado da elaboração do...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

O estatuto de cuidador informal necessita de ser revisto
Os cuidadores informais com estatuto reconhecido eram menos de 15 000 em julho, segundo os dados do Instituto de Segurança Social[1]. Destes, 61% eram considerados cuidadores principais e apenas 58%...