A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apelou ao consenso na educação e a uma cultura de exigência no sector, considerando que as tensões actuais prejudicam os alunos. "Acompanhamos com interesse e alguma preocupação a situação dos professores, como grupo mais decisivo para o futuro de Portugal", e "temos grande estima pela sua acção", afirmou o porta-voz da CEP, D. Carlos Azevedo, que, no entanto, não quis tomar posição sobre a polémica que divide os docentes e a tutela.
Considerando que a sociedade deve assegurar "esse reconhecimento da sua função de professores", o prelado salientou a necessidade de uma "cultura de exigência que deve nortear a sociedade portuguesa" também nesta área. "A Igreja (Católica) não pode deixar de acompanhar toda esta polémica", mas "não queremos tomar uma posição mais detalhada porque o assunto é muito complexo", disse D. Carlos Azevedo, que remeteu para mais tarde a divulgação de uma tomada de posição oficial sobre esta questão.
"O Papa Bento XVI publicou um documento sobre a crise emergente de educação" que "é um assunto muito complexo" e a "cultura da exigência não deve estar ausente deste campo e da actividade educativa", considerou o porta-voz da CEP, cujo Conselho Permanente esteve hoje reunido em Fátima.
A tensão existente é algo que "não é bom" para os estudantes e o "que está em causa säo os alunos", que "devem ser o motor de todo o processo" de renovação do sector, acrescentou. A CEP esteve também a debater vários "assuntos de ordem interna", de preparação da Assembleia Plenária dos bispos, agendada para Abril.
11.03.2008
Data de introdução: 2008-03-12