O presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco anunciou o lançamento de uma nova medida de protecção de crianças, intitulada "Apadrinhamento civil". O "apadrinhamento" - revelou o Juiz-Conselheiro Armando Leandro - vai permitir aos organismos de protecção de menores o recurso a uma família que acompanhe a criança/jovem, em caso de "ausência" de uma família biológica ou adoptiva.
O responsável falava no auditório municipal de Cabeceiras de Basto sobre o tema, "As crianças em risco", no quadro do ciclo de conferências "Políticas de Futuro", organizado pela Câmara Municipal. Armando Leandro justificou a medida lembrando que nenhuma família pode pôr em perigo o seu filho, biológico ou afectivo.
Sustentou que "há vários agentes que podem acompanhar na formação das crianças e que existe um sistema que tem como missão levar às crianças valores e princípios".
O responsável considerou ser necessário que haja "políticas nacionais, regionais e locais, concertadas e planeadas que respeitem sempre o supremo interesse da criança e que organizem uma intervenção, o mais informal possível, junto das crianças".
"As comissões regem-se pelo fenómeno do localismo. A comunidade deve organizar-se no sentido de articular e promover o bem-estar da criança", afirmou.
Armando Leandro, que frisou terem estes organismos "legitimidade democrática" e assentarem muito "no voluntariado e no espírito cívico", defendeu que "é cada vez mais indispensável que haja recursos, que se façam diagnósticos, para que a acção junto das famílias possa ser mais profícua".
13.06.2008
Data de introdução: 2008-06-16