O Presidente da República Portuguesa abriu o IV Congresso da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS), que decorreu sob o lema “Novos Caminhos da Solidariedade”.
O presidente da assembleia-geral, Mário Dias, referiu o problema da sustentabilidade das instituições de solidariedade que, em tempos de crise, é ainda mais complicado, com os investimentos programados para as mesmas a serem “adiados ou atrasados na sua execução”. O dirigente classificou o papel das organizações que representa como “portos de abrigo” para as “vítimas das organizações da sociedade, dos modelos económicos” e até da “globalização” e terminou dizendo que a “solidariedade precisa cada vez mais da solidariedade”.
Centenas de instituições de solidariedade de todo o país marcaram no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima para discutir e analisar modelos de intervenção social no contexto da crise social actual. Os principais temas em discussão serão o aumento do desemprego, a pobreza consolidada, o envelhecimento da população, a pressão social sobre as instituições e as ameaças à sustentabilidade financeira do sector solidário, entre outros.
No congresso serão também eleitos os novos corpos sociais para o próximo triénio, tendo-se apresentado a sufrágio duas listas. A lista A é liderada pelo actual presidente da CNIS, padre Lino Maia e a lista B é encabeçada pelo padre Carlos Gonçalves.
Mário Dias, presidente da assembleia-geral deu as boas-vindas aos congressistas realçando a ideia de que as IPSS são a “almofada e o amortecedor” dos efeitos negativos da crise. “Seremos o último reduto deste tsunami social”, disse na sessão de abertura.
Refira-se que a CNIS representa mais de 2500 IPSS que significam, em conjunto, 70,3 por cento das respostas sociais em Portugal asseguradas pelo designado sector da economia social solidária.
30.01.2009
Data de introdução: 2009-01-30