Em ano e meio as queixas à linha alerta Internet Segura, criada para bloquear conteúdos e fazer a acusação criminal de quem os publica, deram origem a 46 inquéritos policiais relacionados com pornografia infantil. Segundo Jorge Duque, responsável da PJ por esta área de investigação, os 46 inquéritos estão relacionados com servidores instalados em Portugal. Ao longo de ano e meio foram ainda desencadeadas 161 averiguações referentes a conteúdos de pornografia de menores em servidores no estrangeiro.
Em declarações à Lusa, quando se assinala o Dia Europeu da Internet Segura, o responsável da PJ disse que a sociedade está mais desperta para denunciar estas situações, embora ainda exista um longo caminho a percorrer em termos de prevenção, quer por parte das instituições, Estado, empresas e encarregados de educação para os perigos da Internet.
As pessoas, e especialmente os jovens aprendem a lidar com a Internet por conta própria näo distinguindo a informação positiva e a negativa, publicando fotos em redes sociais o que, refere, é preocupante.
A Internet, acrescentou, tem potencialidades desde que se tenha em conta os riscos.
Em Portugal, a linha alerta Internet Segura, criada em 2007, tem como missão bloquear esses conteúdos e fazer a acusação criminal de quem publica este tipo de conteúdos.
Esta missão é cumprida mediante o fornecimento às autoridades policiais portuguesas de informação reunida de denúncias recebidas e da colaboração com os ISPs (Internet Service Providers) nacionais para a rápida remoção desses conteúdos.
Para levar a cabo esta actividade, o serviço Linha Alerta disponibiliza ao público em geral um conjunto de meios através dos quais, e de forma totalmente anónima, é possível apresentar denúncias de conteúdos ilegais: pornografia infantil, apologia da violência, apologia do racismo.
O site da Linha Alerta tem vindo a conquistar espaço como plataforma para a denúncia de crimes na Internet, contabilizando mais de mil denúncias por ano.
Em média, são recebidos 167 casos novos por mês, a maioria relacionados com pedofilia.
Data de introdução: 2009-02-10