SENHOR (ª) PRESIDENTE
“Nas circunstâncias actuais, (…) o caminho do nosso futuro tem de assentar em (…) apoio social aos mais vulneráveis e desprotegidos e às vítimas da crise”, assim o recordou o Senhor Presidente da República na mensagem para o novo ano.
É um alerta que se regista e para o qual os dirigentes das Instituições de Solidariedade estão bem sensíveis.
Espera-se que “outros” sejam arrastados para a causa…
1. ANO EUROPEU DE COMBATE À POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL
A Comissão Europeia anunciou 2010 como o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social (AELCPES), edição que coincide com a celebração dos dez anos da estratégia de crescimento e emprego (conhecida como “Estratégia de Lisboa”).
Pela sua matriz voluntária e solidária e pela sua grande capilaridade, pelas suas expressões, motivações, origens e respostas e, também, pelos seus eficazes envolvimentos, as Instituições Particulares de Solidariedade Social estão na vanguarda da efectiva luta contra a pobreza. Até porque os seus dirigentes, voluntários, elegem os mais carenciados como o seu alvo preferencial e fazem-nos incluir nas suas apostas de desenvolvimento local, nas suas iniciativas de apoio, de lazer e de saúde, nas suas intervenções na comunidade, nas suas múltiplas valências, nos seus planos ou projectos de acompanhamento e educativos e nos seus programas de saúde, ambientais, lúdicos ou promocionais. Inovar ignorando tudo isso poderá ser um percurso sinuoso de resultado contraditório.
A pobreza atenua-se com medidas. Algumas poderão parecer assistencialistas e poderão não determinar eficazmente um processo autonómico dos pobres.
Mas não serão suficientes. As Instituições de Solidariedade são exemplos: neste ano de 2010 vão dar mais um sinal. Não devem ficar isoladas.
A pobreza combate-se e erradica-se com determinação e com envolvimentos. Dos pobres, das comunidades, das empresas, dos produtores de riqueza (empregadores e trabalhadores) e dos que ousam sonhar uma sociedade justa e livre. Também daqueles a quem se confiaram mais responsabilidades e do Estado.
2. CALENDARIZAÇÃO DE ACTIVIDADES
É bom que as assembleias-gerais e outras iniciativas “públicas”, abertas à comunidade, sejam marcadas com boa antecedência e que amplamente sejam divulgadas no sentido de assegurar significativa presença de associados. Ao calendarizar as assembleias-gerais e outras iniciativas da sua Instituição tenha em atenção o agendamento das iniciativas da sua União e que a CNIS tem Assembleias-gerais em 27 de Março e 13 de Novembro e Chama e Festa da Solidariedade em Setembro.
3. DIAS CELEBRATIVOS
Os dias comemorativos sucedem-se: ““Dia da CNIS” (15 de Janeiro) “Dia Mundial da Religião” (18 de Janeiro), “Dia Mundial da Liberdade” (23 de Janeiro), “Dia Mundial dos Leprosos” e “Dia Escolar da Não-violência e da Paz” (30 de Janeiro), “Dia Mundial da Criança com Cancro” (14 de Fevereiro), “Dia Europeu da Vítima de Crime” (22 de Fevereiro).
Não deixe de promover na sua Instituição iniciativas de sensibilização e celebração.
4. ENCONTROS REGIONAIS
No sentido de favorecer o conhecimento mútuo e de possibilitar a todas as Instituições oportunidades de se fazerem ouvir e de partilharem dúvidas, experiências e respostas, a CNIS agendou um programa de encontros regionais com as IPSS e com as Uniões Distritais. Com os seus assessores, a Direcção está a percorrer todo o país e dá a esses encontros regionais grande importância.
Já se realizaram 4 encontros: em Chaves (Bragança, Vila Real e Viseu), Juncal (Aveiro, Coimbra, Leiria e Santarém), Trofa (Braga, Porto e Viana do Castelo) e Castelo Branco (Castelo Branco, Guarda e Portalegre).
O próximo encontro, o quinto será no dia 30 de Janeiro, em Beja (Seminário de Beja, na Rua D. Afonso Henriques, 1 A), para os distritos de Beja, Évora e Faro.
O 6º será em Lisboa, em 27 de Fevereiro, para os distritos de Lisboa e Setúbal.
5. INOVSOCIAL
O Programa INOVSOCIAL, destinado ao apoio à realização de estágios profissionais de jovens licenciados em Instituições da economia social, recentemente aprovado pelo Governo, será apresentado no próximo dia 12 de Janeiro, às 11h30, no Auditório 1 do Centro de Reuniões da FIL, no Parque das Nações em Lisboa, numa cerimónia presidida pela Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social.
Trata-se de um programa desenhado expressamente para apoiar a inserção profissional de jovens em Instituições do Sector Social e, desse modo, contribuir, quer para melhorar a empregabilidade dos jovens, quer para melhorar o funcionamento das nossas instituições.
A CNIS considera este Programa de grande importância, pelo que será do maior interesse, para um completo conhecimento do mesmo e das condições de candidatura, que haja uma grande participação de todos nesta cerimónia.
Apelo por isso à presença de todos.
6. UNIÕES DISTRITAIS/REGIONAIS
No cumprimento dos respectivos Estatutos, as várias Uniões Distritais vêm realizando assembleias eleitorais para a constituição/renovação dos seus órgãos sociais, facto digno de destaque.
No presente momento, em apenas três distritos não está encerrado/regularizado o processo de constituição de Uniões Distritais de IPSS…
Com os cumprimentos de respeito e consideração,
Porto, 6 de Janeiro de 2010
O presidente da CNIS
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(Lino Maia, padre)
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