Mais de metade dos portugueses estão pessimistas quanto à sustentabilidade do sistema de segurança social e ao futuro das suas reformas, revela um estudo da Europamut que será hoje, sexta-feira, apresentado, no âmbito da oferta de seguros de saúde e de reforma.
O inquérito permitiu saber que 54 por cento dos portugueses se mostram "declaradamente pessimistas" sobre a sustentabilidade da segurança social e sobre o futuro das suas reformas, enquanto que 81 por cento dizem "não confiar" na sustentabilidade do sistema e manifestam-se apreensivos face ao futuro das suas reformas.
O estudo revelou que existe "um défice de protecção das famílias" nas áreas da saúde e da reforma e que o terceiro sector, através da participação das sociedades mutualistas que "podem oferecer planos de proteção da saúde, destinados a complementar os subsistemas existentes, bem como produtos complementares de reforma", afirmou à agência Lusa o administrador da Europamut, Vasco Mendes.
A Europamut, empresa que em Portugal representa as seguradoras mutualistas francesa MGEN (Saúde) e a belga Integrale (Reforma), encomendou no final de 2009 um estudo à Mibrand Intelligence Unit, tendo a amostra composta por 600 inquiridos incluído apenas pessoas com idades superiores a 25 anos, e que residissem em Portugal continental.
Os países do sul da Europa (Portugal, Espanha, Grécia e Itália) são, em comparação com a França, os que apresentam "um menor desenvolvimento" no domínio do mutualismo e das "respostas complementares e inovadoras" que podem ser oferecidas às pessoas e à sociedade no âmbito do terceiro sector.
Fonte: Jornal de Notícias
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