As instituições de solidariedade católicas vão sublinhar perante o Papa o contributo que estão a dar para a credibilidade da Igreja portuguesa junto da opinião pública, revelou o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS). Quando se encontrar com Bento XVI, a 13 de Maio, em Fátima, Lino Maia vai "recordar que o Homem é o caminho da Igreja" e que em Portugal "muito do que se faz em favor do Homem, de carácter social", é trabalho de instituições católicas.
O presidente da CNIS, que é também sacerdote, pretende enfatizar que as organizaçöes de solidariedade católicas fazem "muito e bem" e que isso "torna a Igreja em Portugal credível e uma instância de recurso permanente". Agora, em tempo de crise, a estrutura solidária associada à Igreja Católica está mesmo a ser vista como "a grande instância com respostas eficazes", salientou.
A CNIS, que Lino Maia dirige, representa mais de 2500 instituições particulares de solidariedade social, responsáveis por dois terços das respostas sociais em Portugal. No encontro de Fátima, marcado para a nova igreja da Santíssima Trindade, o padre Lino Maia estará ao lado do presidente da Caritas portuguesa, Eugénio Fonseca, e de frente para um Papa que aprecia particularmente porque anteviu que "o endeusamento do mercado iria levar ao colapso".
O mercado "tem importância na medida em que serve as pessoas. É um fim, não é um meio. Nesse aspecto, ele, como teórico e pensador que é, viu antes do tempo e teve razão", afirmou o presidente da CNIS e pároco de Aldoar, no Porto.
Data de introdução: 2010-04-23