Maior aposta no Estado social, no combate à pobreza, no apoio aos idosos e no apoio ao desemprego são algumas das metas que o presidente da Cáritas e o da CNIS querem ver no Orçamento do Estado (OE) para 2011.
O presidente da CNIS, Lino Maia, espera que não continuem a ser os pobres a pagarem a crise e exorta o governo a ter em atenção as políticas sociais de protecção aos desfavorecidos. Lino Maia lembra também a necessidade de se obter um pacto de cooperação com as Instituições de Solidariedade Social que são quem, no terreno, têm funcionado como almofadas sociais.
O presidente da Cáritas Portuguesa compreende que o Orçamento "tem de continuar a reabilitação do défice e da despesa pública", mas pede que isso não seja feito à custa do Estado social.
"Em termos das despesas tem de haver uma redistribuição mais justa em relação aos destinatários que hão de contribuir para essa redução. Está anunciado que foram recuperados milhões de euros, mas [isso aconteceu] porque essa recuperação foi feita à custa do compromisso de medidas sociais bastante importantes para as classes média/baixa e pobre", defendeu Eugénio Fonseca.
Data de introdução: 2010-09-08