SOLIDARIEDADE

Arcebispo de Braga pede a sacerdotes que prescindam de um salário

O Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, pediu aos sacerdotes da Arquidiocese que prescindam do salário de um mês e aos cristãos de um café por dia e que a respectiva verba seja depositada no "Fundo Partilhar com Esperança". O repto está firmado quer na Mensagem de Advento/Natal quer numa carta que escreveu aos padres diocesanos: "A alegria de dar começa, também, por este sinal sacerdotal", salienta, indicando que a ideia resultou do último Conselho Presbiteral. "Sabemos que muitos aceitarão a proposta que deveria chegar a todos os residentes na paróquia mesmo que não sejam crentes ou praticantes. Outros levantarão dúvidas ou criticarão a iniciativa", escreve. Para o prelado, "trata-se de colocar em questão este modelo económico e acreditar que a solidariedade tem capacidade para dar dignidade a todos. Na partilha os sacerdotes não podem colocar-se de lado".

Nos dois documentos, D. Jorge Ortiga salienta que procurou ser concreto, sublinhando que gostaria que este "novo modo de viver fosse apanágio dos cristãos". "Aceitando-o poderemos partilhar e vivenciar o autêntico sentido da esmola. E aqui pode estar o Natal onde Cristo, a Palavra, se incarna para dar dignidade à vida de todos os homens", sublinha.

D. Jorge diz, ainda, esperar que, "particularmente neste território da Arquidiocese, onde há pessoas e famílias com carências profundas - a quem exprimo o meu amor e afecto - as comunidades cristãs lhes dêem de comer, não só no Natal de um dia, mas sempre".

Na homilia da Missa, que teve lugar, domingo, na Sé Catedral de Braga, o Arcebispo, convidou, também, os cristãos para que, durante do Natal, "prescindam de comer, beber ou usufruir de coisas não necessárias e com isso possam contribuir para assistir aqueles, que cada vez mais, não têm o mínimo para sobreviver".

"Cada um escolheria um dia, por semana, para efectuar jejum daquelas coisas que não são absolutamente necessárias (um café, menos tabaco, um bolo, uma refeição frugal, prendas de Natal menos caras e mais significativas)", apelou.

Referiu que, com esta atitude, "os cristãos terão algo para partilhar e entregar na paróquia, numa caixa colocada para o efeito, e o pároco indicaria no dia da Sagrada Família, 26 de Dezembro, o total recebido".

 

Data de introdução: 2010-11-23



















editorial

NO CINQUENTENÁRIO DO 25 DE ABRIL

(...) Saudar Abril é reconhecer que há caminho a percorrer e seguir em frente: Um primeiro contributo será o da valorização da política e de quanto o serviço público dignifica o exercício da política e o...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Liberdade e Democracia
Dentro de breves dias celebraremos os 50 anos do 25 de Abril. Muitas serão as opiniões sobre a importância desta efeméride. Uns considerarão que nenhum benefício...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Novo governo: boas e más notícias para a economia social
O Governo que acaba de tomar posse tem a sua investidura garantida pela promessa do PS de não apresentar nem viabilizar qualquer moção de rejeição do seu programa.