A 13 de Novembro de 2004, a Igreja e o Ocidente celebram os 1650 anos do nascimento de Santo Agostinho – um dos seus filhos mais ilustres – ao ponto de se afirmar que, sem o seu contributo, a cultura e a própria história do pensamento cristão seriam diferentes.
A diocese de Leiria-Fátima, que se orgulha de o invocar como padroeiro, instituiu por isso o Ano Agostiniano, culminando com o Congresso Santo Agostinho – O Homem, Deus e a Cidade. A diocese, certa de que, como disse alguém, regressar a Agostinho significa sempre peregrinar pelo mistério humano, deseja encerrar as celebrações com um espaço qualificado de reflexão que permita lançar luz sobre as grandes inquietações do tempo presente.
O congresso decorrerá durante três dias, de 11 a 13 de Novembro, no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, desenvolvendo sucessivamente à luz do pensamento agostiniano os temas do Homem, de Deus e da Cidade. Neste congresso está assegurada a colaboração de um conjunto de professores universitários e especialistas do pensamento agostiniano que são, desde já, a garantia do interesse e importância que o mesmo terá.
Para desenvolver o tema do Homem, nos seus diversos aspectos, decorrem, no primeiro dia, as intervenções de M. Costa Freitas (O Homem em Agostinho) e Cerqueira Gonçalves (Conversão a Deus – conversão à sabedoria), da parte da manhã, e de Maria Manuela Carvalho (Relação entre natureza e graça), João Duque (Desafio de K. Rahner à antropologia cristã tradicional: o existencial sobrenatural), Joaquim Teixeira (Será o agostianismo um pessimismo? A questão do peccatum originale) e Jacinto Farias (Os sacramentos como origem do homem novo na Igreja), da parte da tarde.
No segundo dia, sobre a temática de Deus, serão conferencistas, de manhã, Arnaldo de Pinho (O homem Cristo Jesus, mediador entre Deus e os homens) e H. Noronha Galvão (Reflexão de Santo Agostinho sobre o mistério trinitário de Deus), e, de tarde, Manuela Brito Martins (Deus como beatitudo e outras felicidades), José Rosa (Vero vides trinitatem si caritatem vides: fragilidade e Trindade no pensamento contemporâneo), Michel Renaud (Sabedoria da fé e ideologias. Verdadeiras e falsas transcendências) e Carlos Silva (A Razão neoplatónica e a Fé cristã).
Finalmente, no terceiro dia, acerca da Cidade, serão oradores Mário Santiago Carvalho (Dois amores fizeram duas cidades) e Santiago Sierra (Dinamismo da história para a paz final de Deus), de manhã, e, de tarde, Fernando Cristóvão (Radicalismo e utopia na Cidade de Deus), Mendo de Castro Henriques (As metamorfoses da Cidade de Deus. Igreja e Estado), Manuel Pereira de Matos (A Jerusalém celeste como mãe. Maria e a Igreja) e D. Manuel Clemente (Santo Agostinho, pastor).
Data de introdução: 2004-11-15