Uma comitiva da CGTP, liderada pelo seu secretário-geral Carvalho da Silva, esteve hoje à tarde reunida com a Direcção da CNIS, para reflectir sobre diversos temas de cariz social, tendo em conta os tempos difíceis que Portugal atravessa.
Para Carvalho da Silva, “foi uma reflexão extremamente útil e muito enriquecedora”, onde foi abordada essencialmente “a complexidade da situação em que os portugueses e as portuguesas vivem em todos os planos, mas, em particular, no plano social”.
Partindo deste ponto mais genérico, a reunião de trabalho, que durou cerca de hora e meia, serviu para “fazer alguma reflexão sobre os condicionalismos económicos e políticos que geram esta situação e que geram as balizas em que se pode desenvolver o social”, explicou o secretário-geral da confederação sindical, revelando outros pontos abordados no encontro: “Outras matérias que nos interessava muito expor à Direcção da CNIS e partilhar reflexão com a CNIS sobre isso, desde logo aquilo que, neste momento, tem que ver com a dimensão e a interpretação dos direitos sociais enquanto direitos universais e solidários e como é que as mudanças que se estão a operar no Estado Social podem provocar efeitos e o que é que isto implica de limitações mas também desafios às instituições de solidariedade. Uma outra questão sensível, em que também estas instituições têm um papel extraordinário, que é o campo específico da Educação, em particular da formação e educação das crianças, que é cada vez mais um tempo determinante para a formação dos indivíduos, desafios que nós vemos que são importantes de serem analisados para que amanhã não caiam sobre entidades que não podem, não lhes compete, nem têm meios para responder, e que são exigências de uma sociedade que deve afirmar os valores e dimensões éticas do universalismo e da solidariedade”.
Para além destas questões, a comitiva da CGTP reflectiu ainda com a Direcção da CNIS, liderada pelo seu presidente, padre Lino Maia, sobre todo “um conjunto de questões que enquadram hoje as grandes mudanças da sociedade, tais como gerir o aumento da esperança de vida, transformando-o num factor positivo e não numa carga para a sociedade, as mudanças dos movimentos migratórios, internos e externos, e o que isso implica sobre as políticas sociais, a alteração do papel da mulher na sociedade, quantitativa e qualitativamente”, salientou Carvalho da Silva no final da reunião, onde foram ainda afloradas “questões inerentes ao trabalho voluntário, ao trabalho assalariado e as relações de trabalho no âmbito das IPSS”.
P.V.O.
Data de introdução: 2011-09-16