O Jornal Público dá conta de uma auditoria realizada pela Segurança Social à Casa do Gaiato onde se conclui que existem indícios de maus-tratos, psicológicos e físicos, e se descreve o ambiente da instituição como sendo de "isolamento, repressão e clausura".
O relatório final da auditoria, elaborado pela Inspecção-Geral do Ministério da Segurança Social, diz que a maioria das 482 crianças, jovens e adultos, acolhida pela Casa do Gaiato - Obra do Padre Américo, deverá viver em grande sofrimento por ter sido abandonada pelo família e por não gostar de viver na instituição, onde "abundam o trabalho, a disciplina e os castigos", escreve o diário.
O Público adianta que face à gravidade da situação detectada, o ministério da Segurança Social mandou cessar a entrega de crianças à Casa do Gaiato e criou várias comissões.
Numa nota enviada ao jornal Público, o gabinete do ministro da Segurança Social, Fernando Negrão, sublinha que o ministério "continua a acompanhar a situação (à) através da inspecção-geral e tomará todas as medidas necessárias para salvaguarda do bem-estar das crianças e jovens, nomeadamente através do acompanhamento por equipas técnicas junto de cada casa" da Obra.
O jornal conta que desde 1996 o Ministério Público instaurou contra à Casa do Gaiato de Setúbal 11 processos, que acabaram todos arquivados.
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Data de introdução: 2004-11-20