Publicamos, na íntegra, as conclusões do Forum "Mais Vida, Mais Família", que teve lugar em Lisboa, na Assembleia da República, no passado dia 22 de Janeiro.
Conclusões
1. A Família, realidade natural, sociológica e cultural, é o compromisso estável, públicamente assumido, entre um homem e uma mulher, que livremente se escolheram que responsavelmente decidem ser fiéis um ao outro e que acreditam no Valor da Vida.
2. Os Direitos da Família são próprios e inalienáveis porque a Família é anterior ao Estado. Este tem de assegurar o exercício dos direitos familiares da pessoa e dos direitos da Família, incluíndo os sociais e os económicos.
3. A Família tem um papel fundamental na vida humana: nela deve nascer a criança, ser único e irrepetível, se educam as gerações e se constrói o mundo dos afectos sem os quais a pessoa humana dificilmente pode viver.
4. O Direito à Vida é natural e universal. O ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa de plenos direitos desde a sua concepção até à morte natural.
5. A defesa da vida é um valor natural, portanto, supra-político, pelo que deve enformar qualquer política que pretenda estar ao serviço da pessoa humana e da sociedade. É o alicerce da convivência ética entre os Homens. O Direito à vida é o primeiro de todos os direitos porque pressuposto de todos os demais.
6. O início do processo da vida contém, no código genético, toda a potencialidade para um continuo desenvolvimento em todas as etapas de crescimento.
7. A Família é o ponto de partida para a realização da pessoa, onde informalmente e com naturalidade se adquirem hábitos e comportamentos generosos, capacidades sociais e de voluntariado indispensáveis ao funcionamento solidário da sociedade humanizada que queremos construir.
8. A paternidade e a maternidade são a primeira expressão do serviço à vida e a garantia do rejuvenescimento dos seres. O Amor do pai e da mãe é um valor fundador da dignidade humana e acompanha o desenvolvimento equilibrado e integral dos filhos.
9. A Familia fundada no casamento demonstra uma forte estabilidade, é fonte de uma cultura de paz e é uma mais valia social que o Estado pelo que deve ser respeitada e promovida.
10. A defesa dos direitos da criança coincide com a defesa dos direitos e responsabilidades da Família. O Estado tem de respeitar o projecto educativo que os pais, livre e responsávelmente, escolhem, de facilitar a conciliação entre a vida familiar e o trabalho, de estimular a responsabilização social da empresa e de não penalizar fiscalmente a familia.
11. O respeito pelo Bem Comum, pelos princípios da equidade e da subsidiariedade exige dos governos uma política centrada na Família e não num individuo isolado e abstracto, fundada em conceitos jurídicos claros, e em recursos económicos suficientes que proporcionem uma verdadeira Ecologia Humana.
Acreditamos na Familia, na Esperança construímos o Futuro !
Data de introdução: 2005-02-16