ARTÉMIS

Projecto ajuda mulheres com abortos espontâneos

O Projecto Artémis foi constituído para ajudar as mulheres a ultrapassar a dor de perder um filho por simplesmente não conseguirem manter uma gravidez até ao final. A associação conta actualmente com 78 mulheres que continuam a chorar os filhos perdidos, mas que agora podem partilhar experiências com outros elementos deste grupo de apoio.

As mulheres que são hospitalizadas porque perderam um filho têm de partilhar os quartos das maternidades com outras que acabaram de ser mães, o que provoca "uma dor enorme", sublinha a presidente do Projecto Artémis para alterar esta situação.

A liderar o Projecto Artémis está Manuela Pontes que perdeu dois filhos e que, apesar de hoje ter uma menina de dois anos e meio, jamais esquecerá o que passou, querendo, por isso, ajudar as mulheres na mesma situação. "São muitas as dores físicas e psicológicas e vários os sentimentos que rodam em torno da revolta e a inveja das outras mulheres que conseguem ter filhos", explicou.

Manuela Pontes lamenta a falta de apoio a estas mulheres e a forma como são tratadas. "Somos despejadas numa maternidade para expulsar o feto e ficamos ao lado de mulheres que aparecem com os filhos nos braços e isso dói muito", afirma. Uma situação que também é constrangedora para as mães que "não sabem o que dizer, pois estão com um bebé nos braços e são confrontadas com uma mãe que perdeu um filho".

Segundo a presidente do Projecto Artemis, não existe apoio psicológico para aquelas mulheres que perderam um filho. "Saímos [da maternidade] vazias e esse é o sentimento que nos vai acompanhar durante muito tempo", frisou.

 

Data de introdução: 2005-04-14



















editorial

REGIME JURÍDICO DO MAIOR ACOMPANHADO-Conclusões

Seis anos transcorridos sobre o novo regime jurídico do maior acompanhado e a mudança de paradigma que com ele se ambicionava, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade promoveu um colóquio que decorreu no...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Emudeceu-se a voz mais sonante e credível da fraternidade
Embora consciente de que “o Solidariedade” é um jornal isento de qualquer ideologia, de influências político-partidárias ou de qualquer proselitismo religioso,...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

O apagão mal comunicado
O veredito dos cidadãos espanhóis e portugueses quanto à comunicação dos seus governos sobre o apagão é claramente negativo. Em Espanha, quase 60% dos...