O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos exige a abolição das taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde e a construção de todos os hospitais "prometidos há anos". O MUSP distribuiu um documento, junto do Hospital Amadora-Sintra, sobre os problemas do sector da Saúde em Portugal.
Carlos Braga, do MUSP, explica que "é inconcebível que se continuem a pagar as taxas moderadoras, quando o que levou à sua criação foi o descongestionamento das urgências dos hospitais, o que não aconteceu". Adiantoi ainda que "as pessoas não têm outra hipótese, por isso recorrem às urgências", explicando que tal se deve à falta de resposta dos Centros de Saúde.
"Um inquérito que fizemos no ano passado mostrou que poucos Centros de Saúde funcionam 24 horas por dia e são muitos os que encerram às 18:00 ou às 20:00", salientou. O inquérito do MUSP foi divulgado a 27 de Janeiro deste ano, tendo na altura o movimento explicado que o trabalho foi realizado em colaboração com a Associação Nacional de Juntas de Freguesia.
"O aumento consecutivo das taxas moderadoras, bem como de um número significativo de actos médicos não contribuem em nada para a melhoria dos cuidados de saúde", disse Carlos Braga. O responsável considerou "inconcebível que haja ainda um milhão de portugueses que não têm acesso a médico de família, o que contribui também para haver mais pessoas nas urgências dos hospitais".
Data de introdução: 2005-05-24