A direção da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) da Guarda fez uma conferência de imprensa de apresentação do programa a Festa da Solidariedade que decorre nos dias 6 e 7 de Junho no Porto. A Festa da Solidariedade, é organizada, no distrito, pela UDIPSS da Guarda, em estreita colaboração com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS).
A Guarda vai promover, no dia 30 de maio, pelas 10:00, a sessão solene da saída da "Chama da Solidariedade" com destino ao Porto, passando pelos concelhos de Trancoso (12:00), Mêda (14:00) e Vila Nova de Foz Côa (15:00), com entrega no Pocinho (17:00), à UDIPSS de Bragança. A Chama da Solidariedade chegará ao Porto no dia 07 de junho, onde decorrerá o quinto congresso da CNIS sobre "Solidariedade - Novos Caminhos, Valores de Sempre".
O presidente da UDIPSS da Guarda aproveitou a ocasião para denunciar que, devido à crise, as famílias da região estão a optar por cuidar dos idosos e das crianças em casa. Segundo Rui Reis, o fenómeno começou com o afastamento de idosos dos lares e estendeu-se posteriormente às respostas dirigidas à infância.
"Neste momento, deixou de ser um problema ligado aos idosos, nomeadamente aos lares de idosos, aos centros de dia e ao apoio domiciliário, mas também se estende a respostas sociais ligadas à área da infância", disse hoje o responsável.
Rui Reis, que falava, a realizar no dia 30 de maio, na Guarda, referiu que o afastamento de utentes das instituições "tem-se agudizado" nos últimos tempos.
Em relação aos idosos, apontou que nos meios rurais, "quando as pessoas não têm emprego, acabam por ficar com os familiares em casa e acabam por não procurar uma admissão num lar".
Já quanto à infância, as crianças não frequentam as instituições, sobretudo a partir do momento em que as mães ficam desempregadas. Explicou que as crianças frequentam as creches, mas são recolhidas pelas mães a meio da tarde e já não precisam "do apoio de nenhuma instituição de solidariedade social".
O presidente da UDIPSS da Guarda referiu que o problema "agudizou-se" nos últimos meses, mas disse que não possui "números" das situações registadas no distrito.
Tendo em conta as "convulsões sucessivas" que têm acontecido no país, devido à crise económica, Rui Reis admitiu que as instituições de cariz social têm sido "o grande pilar" na ajuda aos mais necessitados. "Temos sido o pilar mestre de uma obra que é a obra do apoio àqueles que mais necessitam e que mais precisam", declarou.
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