Começa a ser perturbador o avanço de correntes religiosas e seitas que, em nome do seu Deus, desrespeitam, maltratam, perseguem pessoas e povos que não adiram às suas tradições e doutrinas, chegando a ameaçar de morte quem as rejeitar! Agora tudo vai ficando mais bem explicado ao constatarmos que é pretensão dos seus líderes fazer alastrar, por tudo quanto é sítio, novos califados, ou seja, assalto ao poder político através de crenças religiosas.
É certo que a História está cheia de tentativas como estas! Porém, ninguém imaginaria, no nosso tempo, ter de ver, sem nada poder fazer, imagens transmitidas, em direto, pelas televisões, apontando e disparando sobre pessoas indefesas como forma de intimidação e chantagem. A legião de terroristas recrutados, em países ditos civilizados, ao serviço de fanatismos religiosos, começa a constituir um preocupante “sinal de alarme” para a “ordem internacional”!
O mês de agosto, que agora findou, traz-nos à memória o famoso “maio 68” que trouxe à Europa e de modo especial a França, um MOVIMENTO DE MUDANÇA que atingiu culturas, ideologias, políticas, comportamento sociais e até religiões (recorde-se que foi neste ano de 1968 que concluiu o Concílio Ecuménico Vaticano II- uma verdadeira e profunda “revolução” na Igreja Católica)!
Contrariamente ao maio de 68, o agosto de 2014 vai ficar para a história como o mês do “jihadismo”, um MOVIMENTO com tudo o que de pior se esperava: terror, fanatismo e intolerâncias religiosas, políticas e sociais. Afinal, os califados não passam de uma estratégia para “branquear” o fanatismo e a perseguição aguerrida, de modo especial à Europa e aos Estados Unidos da América.
Nós, por cá, vamo-nos entretendo com os “meet” junto aos centros comerciais, enquanto nos virmos incluídos (o diabo seja surdo!) nalgum “roteiro de reconquista” por parte de fanatismos religiosos que andam à solta por esse mundo fora. Afinal, a designada “primavera árabe” transformou-se num assustador “inverno/inferno”!
Pe. José Maia
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