PACTO DE CONFIANÇA

Idosos abandonados nos hospitais podem ir para IPSS

As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) poderão vir a acolher, a partir de maio, idosos abandonados nos hospitais por não terem para onde ir, anunciou o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS). 

 As IPSS, o ministério da Saúde e o ministério da Solidariedade e Segurança Social estão a estudar um acordo de cooperação que deverá ser assinado até final de abril, frisou o padre Lino Maia, à margem do I Encontro Nacional de Instituições de Solidariedade, no Porto. 

"Há pessoas abandonadas nos hospitais, apesar de terem alta, porque não têm retaguarda familiar, nem meios financeiros e, portanto, nós consideramos que devemos dar a mão a essas pessoas que são as carenciadas entre as carenciadas", salientou.

Na opinião do presidente da CNIS, e fazendo alusão a uma visão economicista, se essas pessoas estiverem a ocupar camas nos hospitais ficam "mais caras" ao Estado, por isso, é necessário garantir-lhes "algum apoio". 

As instituições têm vagas e estão disponíveis para as contratualizar, disse. 

Sem números quanto aos idosos que são "deixados" nas unidades hospitalares, Lino Maia considerou haver "picos" que se situam entre o período de férias e as épocas festivas.

Lino Maia frisou que nas grandes metrópoles os casos de "abandono" de idosos nos hospitais são maiores porque não têm apoio, já nas regiões do interior há uma maior retaguarda familiar.

Nos últimos anos, os passos dados na área social foram "bem dados" e não podem sofrer inversão, frisou.

No futuro, o presidente da CNIS considerou que as instituições devem ser vistas como parceiras, entendendo ser importante criar-se uma plataforma do setor para que haja uma "voz" onde todos se reconheçam. 

A CNIS, União das Misericórdias Portuguesas e União das Mutualidades Portuguesas assinaram, no final dos trabalhos, um Pacto de Confiança para regulamentar e reforçar a cooperação entre elas.

 

Data de introdução: 2015-03-10



















editorial

MULTIDIMENSIONALIDADE DO ENVELHECIMENTO

(...) A forma como a sociedade encara os mais velhos, uma visão redutora, apenas como custos, parecendo ignorar o valor que eles transportam na sociedade e nas famílias, precisa ser urgentemente corrigida, quantificando o seu valor social. O aumento do...

Não há inqueritos válidos.

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Para regionalizar sem fragmentar a educação e formação profissional
A descentralização da educação em Portugal ganhou um novo impulso com a transferência de competências para as Comissões de Coordenação e...

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Cooperação entre as autarquias e as IPSS
Decerto que já tomaram posse todos os eleitos para os órgãos municipais e os das Juntas de Freguesia. É a hora de começar a pôr em prática, progressivamente,...