Organizações da sociedade civil decidiram criar uma Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), que será lançada esta sexta-feira em Lisboa, com dois focos de atuação, o registo nos países de origem e o trânsito e acolhimento em Portugal.
A Caritas Portuguesa, o Conselho Português dos Refugiados, a Unicef, o Instituto Padre António Vieira, o Serviço Jesuíta aos Refugiados, o Instituto de Apoio à Criança e o Serviço Jesuíta aos Refugiados são algumas das entidades envolvidas no projeto.
"Esta plataforma inclui duas áreas de atuação: uma focada no acolhimento e integração de crianças refugiadas e das suas famílias em Portugal, e outra focada no apoio aos refugiados no seu país de origem", lê-se na informação enviada à Comunicação Social.
Fazem igualmente parte da plataforma a Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade, a Comissão Nacional justiça e Paz e a Obra Católica das Migrações, entre outras organizações.
A presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Teresa Tito de Morais, disse acreditar que Portugal tem capacidade para acolher mais refugiados do que os 1.500 que o Governo se disponibilizou para receber.
A crise dos refugiados, já comparada à da II Guerra Mundial, e as imagens de famílias em fuga com crianças ou de corpos encontrados nas costas da Europa estão a motivar reações por parte de várias entidades.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas vai discutir uma resolução sobre a crise dos refugiados que atravessam o Mediterrâneo para chegar à Europa, disse na quarta-feira o representante russo.
O embaixador Vitaly Churkin afirmou que esta medida "poderia ser" adotada este mês durante a presidência russa deste órgão, que integra 15 membros.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apelou hoje aos Estados-membros da União Europeia para aceitarem pelo menos 100 mil refugiados, de modo a aliviar a pressão nos países da chamada 'linha da frente'.
"Aceitar mais refugiados é um gesto importante de verdadeira solidariedade", disse Tusk, salientando ser atualmente necessária "uma distribuição equitativa de pelo menos 100 mil refugiados pelos Estados-membros".
O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados, António Guterres, defendeu na quarta-feira em entrevista à CNN que a crise dos migrantes requer uma resposta coerente e que só a Europa, com base na solidariedade, a pode fornecer.
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