A Economia Social representou 2,8% do valor acrescentado bruto e 6% do emprego remunerado em 2013, abrangendo 61 mil entidades, com um total de recursos de 14 mil milhões de euros, revelou o INE.
A segunda edição da Conta Satélite da Economia Social referente à situação em 2013 foi elaborada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e foi agora divulgada.
Os principais dados analisados refletem o peso no valor acrescentando bruto (VAB) nacional, mas também no emprego total, que era de 5,2%, e no emprego remunerado, que estava nos 6%.
Quanto às remunerações pagas, “constituíram 5,2% do total das remunerações, correspondendo a remuneração média neste setor a 86,4% da remuneração média” do total da economia.
O INE comparou o peso da Economia Social e de outros setores no VAB e no emprego nacional e concluiu que foi superior àquele da agricultura, silvicultura e pesca, indústria têxtil, agroindústria ou telecomunicações.
“O peso do emprego remunerado da Economia Social no total da economia foi maior do que em ramos de atividade tradicionalmente caracterizados pela utilização intensiva de trabalho, como, por exemplo, a indústria têxtil”, é destacado no estudo.
Foram identificadas cerca de 61 mil entidades – a maior parte das quais com estatuto de IPSS, além de 389 misericórdias e 578 fundações – distribuídas por várias atividades, com destaque para a cultura, desporto e recreio, com metade do total, seguindo-se a ação e segurança social, com 16%.
A ação e segurança social liderava em termos de VAB e remunerações, com quase 45%, mas também no emprego remunerado, com 55%.
Por grupos de entidades da Economia Social, as associações com fins altruísticos dominavam, com 93% do número total, 61% do VAB, 62% das remunerações e 65% do emprego remunerado.
As cooperativas estavam em segundo lugar, em termos do número de unidades e de remunerações, enquanto as Misericórdias foram o segundo grupo mais relevante em termos de VAB e emprego remunerado.
Quanto ao número de entidades, as instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias constituíram o setor dominante, com 93% do total de unidades da Economia Social, seguindo-se as sociedades não financeiras e famílias, com 7% do total de unidades.
Os dados do INE revelam que o total de recursos das entidades foi estimado em 14 mil milhões de euros, principalmente com origem na sua produção (60%), enquanto os subsídios e transferências contribuíam com 27% e os rendimentos de propriedade com 10%.
Aquele montante destinava-se ao consumo intermédio (29%), remunerações (28%) e transferências sociais (24%).
Em 2013, segundo o INE, a Economia Social tinha uma necessidade de financiamento de 412 milhões de euros.
Quanto à distribuição das entidades pelo País, o norte tinha quase um terço do total (32%), o centro 26% e a área metropolitana de Lisboa 23%.
A ação e segurança social pagaram 45% do total das remunerações na Economia Social, na análise por atividades, seguidas do ensino e investigação com 15%.
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