«Cem Linhas», um trabalho do projeto Estúdio da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), foi apresentado esta semana no Congresso Internacional «A Intervenção Teatral em Portugal no Século XXI», que durante três dias anima Paredes de Coura.
O convite da organização foi dirigido à encenadora e professora de teatro da instituição Adriana Campos, que levou até ao norte do País algumas das peças produzidas no contexto de «Cem Linhas», como os figurinos ou imagens do livro homónimo, que foram ponto de partida para uma oficina em que os participantes responderam a questões sobre o faz de conta e, em termos mais genéricos, o próprio teatro.
Com este trabalho, o projeto Estúdio – constituído por utentes da instituição – tem vindo a confrontar diversos públicos com as suas próprias histórias e a sua imaginação, tendo sempre como ponto de partida um novelo de linha vermelha que funciona como fio condutor para novas narrativas.
Influenciado pela leitura de “Eu Espero…”, de Davide Cali (um livro que fala das coisas pelas quais se espera na vida), «Cem Linhas» começou por ser um espetáculo apresentado na APCC, transmutou-se em livro e numa oficina integrada no «Coimbra a Brincar 2016» e já este ano foi uma performance integrada na Feira Cultural de Coimbra.
O Congresso Internacional «A Intervenção Teatral em Portugal no Século XXI» é organizado pela Intervenção – Associação para a Promoção e Divulgação Cultural.
Formação, produção, programação, gestão, descentralização, animação e intervenção social, cultural e educativa são alguns dos temas aflorados na iniciativa, com o objetivo principal de analisar o papel do teatro neste século.
O teatro é uma das várias áreas artísticas que constituem uma parte importante da ação da APCC enquanto promotora da inclusão social. Diariamente, os utentes participam em atividades nas áreas da expressão plástica, expressão musical e expressão dramática, tanto internas como externas.
FEIRA DAS COLHEITAS
Por outro lado, a APCC voltou a abrir os portões da Quinta da Conraria, no passado dia 10 de novembro, para um festejo antecipado do Dia de São Martinho e celebrar ainda a chegada do outono.
Tratou-se de mais uma edição da Feira das Colheitas, que todos os anos serve de montra aos produtos agrícolas e gastronómicos, mas também ao artesanato e aos ofícios que estão não só ligados ao mundo rural, mas também a muitas das atividades desenvolvidas diariamente na instituição.
No Picadeiro da Quinta, centenas de utentes, colaboradores e voluntários da APCC, mas também visitantes, puderam descobrir (e comprar) frutas e legumes da época, provar deliciosas e saudáveis iguarias, e apreciar diferentes peças de artesanato.
E ainda houve oportunidade para tentar a sorte nas rifas da quermesse, jogar jogos tradicionais e experimentar algumas atividades desportivas, promovidas por um grupo de alunos da Faculdade de Ciência do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.
E, claro, não faltaram as castanhas assadas, quentes e boas, como devem de ser.
A animação foi grande e para isso muito contribuíram também os Semp’a Bombar (o grupo de bombos da Associação), que abriram a Feira, o artista popular – e professor da APCC – Tiago Silva e ainda o DJ Punkada (Fausto Sousa, vocalista dos 5ª Punkada), que animaram a tarde com o Baile das Colheitas.
A Feira das Colheitas foi organizada pela Quinta Pedagógica «O Caracol», sendo uma das várias atividades abertas ao público desenvolvidas ao longo do ano por este serviço da APCC, onde se incluem, por exemplo, uma oferta regular de ateliês para uma vida e uma alimentação saudáveis.
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