Portugal gasta anualmente 4.900 euros em despesas de educação por aluno, desde o básico até ao ensino superior, ficando em 17º lugar entre os países da OCDE, segundo um estudo sobre Educação. O relatório "Panorama Educativo" 2005, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), indica que Portugal está abaixo da média de investimento anual dos países da OCDE na educação, fixada em 5.981 euros por aluno.
No topo dos 26 países incluídos neste indicador, cujos dados se reportam a 2002, surgem a Suíça e os Estados Unidos, com mais de 8.900 euros de gastos anuais por estudante. Ligeiramente atrás de Portugal figuram Espanha e República da Irlanda, com gastos entre os 4.900 e os 4.070 euros anuais por aluno, enquanto no final da tabela se situa o México, com apenas 1.600 euros.
Nos diferentes níveis de ensino, Portugal também aparece ligeiramente abaixo da média da OCDE. Nos gastos com o primeiro e segundo ciclos do ensino básico, Portugal despendeu 4.025 euros, enquanto no terceiro ciclo do básico e o ensino secundário foram gastos por ano e por estudante 5.655 euros.
No ensino superior, o investimento do Estado português em cada estudante diminui para uma média de 3.590 euros. Na Suíça, país que lidera este ranking, o Estado investe anualmente mais de 6.300 euros por aluno no primeiro e segundo ciclos do ensino básico e mais de nove mil euros no terceiro ciclo do básico e no ensino secundário.
Do total de investimento público nacional, Portugal destina 12,6 por cento para o sector da Educação, ficando ligeiramente abaixo da média de 12,9 por cento dos países da OCDE.
Se o México ficava no fundo da tabela nos investimentos anuais por aluno, já no total do seu orçamento público destinado à Educação figura em primeiro lugar, com 23,9 por cento, seguido da Nova Zelândia, com 20,8 por cento, e da Coreia do Sul, com 17 por cento.
Dos 12,6 por cento que o Estado português despendeu em 2002 do seu orçamento total com despesas da Educação, 9,2 por cento referem-se a gastos no ensino básico e secundário e apenas 2,2 por cento no ensino superior.
Em termos de verbas que o Estado gasta com os salários dos professores, Portugal ocupa a 20ª posição em trinta países, despendendo por ano cerca de 27 mil euros brutos por cada docente do terceiro ciclo com 15 anos de experiência.
Por comparação com os colegas de Espanha, os professores portugueses ganham em média menos cinco mil euros por ano. Os professores do Luxemburgo são os que mais recebem, auferindo cerca de 65 mil euros por ano, seguidos dos suíços (48 mil/ano) e dos alemães (40 mil/ano). No fim da escala surgem os docentes eslovacos com 6.500 euros por ano, os polacos, com oito mil euros anuais, e os húngaros, com 13 mil euros anuais.
13.09.2005
Data de introdução: 2005-09-23